Leite valoriza 3% em março e expectativa de agentes é de mercado firme

Publicado em 31/03/2011 13:38
Em março, o preço pago pelo leite aos produtores (referente à produção entregue em fevereiro) aumentou 2,9% (ou 2,1 centavos por litro) frente ao mês anterior, indo para R$ 0,7585/litro (valor bruto), conforme pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Essa média corresponde ao preço ponderado pelo volume produzido nos estados de RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA. O reajuste foi motivado pela menor oferta de leite. Se comparado ao mesmo período do ano passado, o valor médio teve alta de 6%, já descontada a inflação. Em termos nominais (sem considerar a inflação), a alta foi de 12% em relação a fevereiro/10.

Apesar da valorização do leite, pesquisadores do Cepea observam que os preços dos grãos em patamares ainda elevados em fevereiro aumentaram os gastos com alimentação concentrada, principal item nos custos de produção. O poder de compra do produtor de leite frente ao concentrado diminuiu 22% em relação a fevereiro/10, ou seja, para adquirir uma tonelada de concentrado, em fevereiro deste ano, precisou despender uma quantidade maior de leite.  

A captação de leite recuou em quase todos os estados da pesquisa do Cepea, com exceção da Bahia, que se manteve praticamente estável. O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP-Leite) registrou queda de 2,6% entre janeiro e fevereiro. A partir deste mês, o volume considerado para o ICAP passa a contar também com dados de Santa Catarina; no total, o Índice abrange, por amostragem, volume captado por laticínios/cooperativas de RS, PR, SP, MG, GO, BA e SC.

A diminuição da oferta de matéria-prima esteve relacionada a adversidades climáticas, que prejudicaram a produção e escoamento do leite em algumas regiões, ao período de final de safra no Sudeste e Centro-Oeste e aos custos mais elevados de produção. A queda do mês mais expressiva ocorreu em São Paulo, de 5,9%. Em Minas Gerais, a redução foi de 1,9% e, em Goiás, de 2,4%.

Além do fundamento ligado à oferta de matéria-prima, os preços de alguns derivados lácteos em alta no mês de março (como leite UHT e queijo muçarela) e a valorização do leite cru no mercado spot podem sustentar ou elevar os preços pagos aos produtores no próximo pagamento. Segundo pesquisa do Cepea, para o pagamento de março, 76,4% dos agentes de mercado consultados (que representam 88,3% do volume de leite da amostra) acreditam em alta de preços. Para 23,6% dos entrevistados (responsáveis por 11,7% da amostragem), deve haver estabilidade. Nenhum dos agentes acredita em queda de preços no próximo mês.

MARÇO – O maior aumento de preços pagos aos produtores em março foi registrado em Minas Gerais, de 4,4% (3,2 centavos por litro), com a média indo para R$ 0,7604/litro. Em Goiás, o preço médio foi de R$ 0,7749/litro, alta de 3,1% (2,3 centavos por litro) e, em São Paulo, de R$ 0,7963/litro (aumento de 2,6% ou 2 centavos por litro). Na Bahia, houve aumento de 3,2% (2 centavos por litro), com a média a R$ 0,6516/litro.

No Sul, o Rio Grande do Sul registrou aumento de 2,7% (1,9 centavo por litro), a R$ 0,7142/litro. Em Santa Catarina o preço médio foi de R$ 0,7599/litro – leve alta de 0,7% ou 0,6 centavo por litro. No Paraná, os preços ficaram praticamente estáveis, com ligeiro recuo de 0,2%, a R$ 0,7495/litro.

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Cepea

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