MT consolida nova cadeia produtiva e carne de frango registra marca histórica

Publicado em 27/04/2011 09:42
Especialistas já sinalizavam e os números comprovam: Mato Grosso está despontando com novas cadeias produtivas e a industrialização é a principal responsável por essa evolução. Prova disso é que pela primeira vez na série histórica das exportações estaduais, a carne de frango superou o volume embarcado de carne bovina, apresentando um incremento de 42,5% em relação a primeiro trimestre de 2010, correspondente a 47,09 mil toneladas.

Segundo o economista da PR Consultoria, Carlos Vitor Timo, o crescimento acelerado dos embarques estaduais de carne de frango mostra a avicultura se consolidando como uma nova e dinâmica cadeia produtiva estadual. “Tal fato oportuniza a agregação de valor via conversão de proteína vegetal em proteína animal, reflexo do desenvolvimento industrial que estamos vivenciando”, avalia.

Mato Grosso registrou nesse primeiro trimestre de 2011, um superávit acumulado na Balança Comercial de US$ 1,72 bilhão, valor 1,0% menor do que o saldo de US$ 1, 74 bilhão do mesmo período do ano passado, porém, mesmo com essa pequena retração, o superávit estadual representou 54% do saldo do país e o terceiro melhor no ranking dos Estados. “Perdemos apenas para Minas Gerais e Pará, o que mostra bem a nossa importância para a economia brasileira”, comenta Timo.

As exportações mato-grossenses acumuladas até março, de US$ 1,99 bilhão, aumentaram 1,8% em relação ao mesmo período de 2010, enquanto que as importações cresceram 24,6%. “Esses números explicam a queda em nosso superávit no período”, pontua. Ainda na nona posição no ranking dos Estados exportadores, os principais destinos das vendas externas foram União Européia e a Ásia, respondendo por 35,5% e 34% do total, respectivamente, seguidos do Oriente Médio (11,8%).

A China, isoladamente, continua sendo nosso maior cliente comprando 19,6% das exportações, seguida da Holanda com 15,7% e do Irã com 7,8%. “É importante registrar o expressivo crescimento das exportações para os países da África e do Oriente Médio, podendo sinalizar uma nova tendência de diversificação de nossa pauta, por se tratar de alimentos processados, principalmente óleo de soja e carnes”.

Os principais fornecedores externos continuam sendo, pela ordem, a Belarus, Rússia e Estados Unidos com 17%, 13% e 12% respectivamente. De acordo com o economista, no período houve crescimento das importações da Argentina, da China e da Ucrânia, que também pode sinalizar nova tendência de diversificação de pauta, com maior participação de insumos intermediários e bens de produção nas importações estaduais. “Por exemplo, a China vem se destacando nas vendas de aço e de equipamentos industriais”, comenta o economista.

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Olhar Direto

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