RS responde por 12,9% do leite produzido no país

Publicado em 20/05/2011 09:37
Estado registra crescimento médio na produção de 7% ao ano.
O Rio Grande do Sul responde por 12,9% do leite produzido no país e concentra grande parte das principais plantas processadoras. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a cadeia láctea representa 2,67% do PIB do Estado – isso significa R$ 6 bilhões ao ano para um rebanho de 1,5 milhão de animais. O bom momento anima o setor, que desde 2006, registra crescimento médio na produção de 7% ao ano.

Em 2010, a Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa, investiu R$ 10,6 milhões para alcançar uma produção média de 620 mil litros de leite por dia. Os pequenos também avançam. Desde 2009, a cooperativa Agroleite, de Passo Fundo (RS), aumentou de 20 para 50 o número de produtores associados.

– Estão descobrindo que o Sul é a bola da vez – destaca o presidente da Associação Gaúcha dos Laticinistas (AGL), Ernesto Enio Krug.

Para Krug, a excelência produtiva é fruto de assistência técnica qualificada e permanente, da estruturação das propriedades e da força da agricultura familiar. Conforme o dirigente, o leite é a opção mais rentável frente ao grão e, no Estado, traz segurança diante da garantia de fornecimento de matéria prima às empresas.

– Temos condições de até triplicar a produção em cinco anos – garante.

Para crescer de forma sustentável, porém, é preciso organizar a cadeia produtiva. Nesse sentido, Krug acredita ser fundamental ter apoio dos governos, disciplinar as importações e ter um plano de capacitação para incrementar a qualidade.
 
O maior produtor individual de leite da região, a Granjas Quatro Irmãos, de Rio Grande (RS), investiu R$ 5 milhões há cinco anos para montar um plantel de 900 vacas, que produzem 20 mil litros por dia.

– Os produtores estão se qualificando cada vez mais, mas a logística para chegar à indústria ainda é um problema – ressalta o diretor-administrativo da Quatro Irmãos, Leandro Flores.

A instabilidade na produção de grãos fez com que o agricultor Sandro Biancon da Silva, 38 anos, apostasse na produção de leite na propriedade de dez hectares que mantém no interior de Passo Fundo. Em 2008, Silva financiou quatro vacas, como forma de escapar das agruras do clima e garantir uma renda estável, ainda que pequena. Atualmente, tem o dobro de animais e pretende chegar a 15 até o final do ano, além de construir uma área permanente para pastagem até 2013.

– O leite vale a pena porque é fonte de renda confiável – revela o produtor.

A opção de Silva é um bom exemplo do impulso que a bacia leiteira do Rio Grande do Sul vem ganhando, com qualidade e valorização do produto.

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Fonte:
Zero Hora

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