Mercado muda e frango vivo tem alta; em São Paulo e (outra vez) em Minas Gerais
Se para o frango mineiro o intervalo entre o aumento anterior e os mais recentes foi de quase três meses, para o frango paulista esse espaço de tempo foi ainda maior, superior a 100 dias. Ou seja: até aqui, o último reajuste foi registrado em 24 de fevereiro, ocasião em que a cotação chegou ao patamar, recorde, de R$2,10/kg, situação que durou pouco mais de duas semanas. A partir daí foram só baixas, que fizeram o frango vivo perder mais de um quarto de seu preço anterior.
Como a mudança de mercado vem desde a semana passada – primeiro em Minas Gerais, depois em São Paulo – supõe-se que as altas de ontem ocorridas nos dois estados não sejam decorrentes apenas do momento (quinta-feira, dia de maior volume de negócios; segunda semana do mês, melhor período de vendas do mês). Ou, em outras palavras, tudo indica serem reajustes sustentáveis, que tendem a se manter e até se ampliar no decorrer do mês. Como, aliás, ocorre sempre a cada final do pico de safra da carne bovina.
E, efetivamente, o setor precisa de bem mais. Não, exatamente, para lucrar com o frango mas, pelo menos, para cobrir seus custos que, por ora, permanecem substancialmente acima da remuneração recebida.