Leite: prazo para adequação de normativa é prorrogado por seis meses

Publicado em 07/07/2011 11:46
A Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc) está reforçando a orientação do Ministério da Agricultura aos produtores de leite de Santa Catarina quanto a adequação a Instrução Normativa nº 51. A lei que deveria entrar em vigor nessa semana, foi prorrogada por mais seis meses.

De acordo com nota emitida pelo MAPA, o ministro Wagner Rossi, diz que o "governo está prorrogando esse prazo para que a cadeia produtiva possa fornecer um produto de melhor qualidade para os consumidores, e para que seja firmado acordo setorial para estabelecer sistema de pagamento ao produtor por essa melhoria de qualidade. Porém, o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, assinala que, independente de prorrogação, os produtores de leite devem priorizar a adaptação de sua produção aos padrões estabelecidos na Instrução Normativa 51.

Um dos pontos a ser revisto é o teto fixado para a contagem de células somáticas e bactérias. Atualmente, o limite de contagem bacteriana é de 750 mil Unidades Formadoras de Colônia por mililitro, o que, com a IN, baixaria para 100 mil. Com relação às Células Somáticas, o teto passaria de 750 mil/ml para 400 mil. Se adotadas de imediato, as novas regras excluiriam grande parte dos produtores brasileiros.

A partir de julho de 2012, portanto, o leite não será mais aceito se não passar por todos os processos exigidos pela lei. A medida foi publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em 2002. De lá para cá, foi dado o prazo de oito anos (agora ampliado para nove) para que os produtores adaptassem as instalações da propriedade e o modo de trabalho.

“O consumidor brasileiro não tolera mais fraude em um dos principais alimentos da sua dieta diária”, observa. Esse sentimento acentuou-se com o escândalo de 2007, quando a Polícia Federal descobriu criminosa adulteração do leite produzido em várias regiões brasileiras. Zordan alerta os criadores que ainda não mudaram a forma de produção de leite para que tomem todas as providências no tempo restante do prazo legal.

A ação das cooperativas e dos serviços de formação profissional (Senar, Sescoop e Sebrae), nos últimos anos, produziu resultados concretos na qualidade do leite. Prova disso é que, em 2001, a contagem média de células somáticas (CCS) era de 1 milhão e, hoje, é de 400 mil.

A normativa classifica o leite em A, B e C e, dentro de cada padrão, estabelece regras específicas. Para ser classificado como tipo A é necessário que seja produzido, beneficiado e envasado na propriedade. Deve apresentar teste qualitativo negativo para fosfatase alcalina, teste positivo para peroxidase e enumeração de coliformes menor que 0,3 por mililitro.

Leite em SC

Em Santa Catarina existem 51 cooperativas do ramo agropecuário que reúnem 63.000 cooperados (associados) e quase todos se dedicam à pecuária leiteira.

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Fonte:
AI

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