Suinocultores aguardam com expectativa fim do embargo russo a frigoríficos brasileiros

Publicado em 12/07/2011 08:54
Caso cumpram as novas exigências e passem por inspeção, 85 frigoríficos poderão ser reabilitados.
Criadores de suínos aguardam com expectativa o fim do embargo russo a 85 frigoríficos brasileiros. O preço ao produtor despencou por causa da proibição das exportações, que começou em 15 de junho e atinge três Estados.

A carne suína foi a mais prejudicada pela restrição. A possibilidade de abarrotar o mercado interno com o produto, que não pode ser vendido para o principal consumidor internacional, fez com que os preços pagos ao suinocultor ficassem abaixo do custo de produção.

– No início ela teve uma força especulativa muito grande. Abaixou os preços no mercado interno, então, logo no primeiro impacto, ela foi muito negativa e a nossa expectativa é que, agora, com a volta da quebra desse embargo é que as coisas voltem a melhorar e voltem a um patamar que estavam antes – disse Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

O possível fim do bloqueio está no documento oficial que a autoridade sanitária russa divulgou na internet. O número de frigoríficos habilitados para exportar caiu de 236 para 143. Os 93 que ficaram de fora da lista, caso cumpram as novas exigências e passem por inspeção, poderão ser reabilitados. Também foi destacada a atitude do governo brasileiro de ter demitido chefes do serviço veterinário dos Estados, com chance de mais substituições. Por último, a Rússia pediu garantia de abastecimento mesmo com o número reduzido de empresas.

A Assessoria de Comunicação do Ministério da Agricultura aguarda uma resposta do governo russo sobre o fim do embargo para os próximos dias. A expectativa é de que as exportações sejam retomadas no mês de agosto. Uma missão russa pode vir ao Brasil para inspecionar frigoríficos.

Para o especialista em agronegócio Luis Vicente Gentil, as exigências internacionais precisam ser cumpridas, sem espaço para amadorismo.

– Um dos problemas foi a tradução de um documento brasileiro, escrito em português, obviamente, para o russo, que deu mal-entendimento entre os dois idiomas. Quer dizer, não é exatamente profissional um comportamento como esse – declarou Luis Vicente Gentil, professor de agronegócio da Universidade de Brasília (UnB).

A União Brasileira de Avicultura lamenta os impactos provocados pela suspensão das vendas.

– Sem dúvida nenhuma, representa muito não só para a carne bovina, suína e de aves, mas para a imagem do Brasil, porque o que ficou arranhada também foi a imagem do Brasil, dos laboratórios do Brasil, dos conceitos do Brasil – comentou Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef).

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Fonte:
Canal Rural

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