SC recebe missão japonesa para liberar exportação de carne suína
O governador Raimundo Colombo e o presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Enori Barbieri, vêm mantendo contato com o Governo do Japão para realizar a visita e, posteriormente, formalizar o acordo de exportação da carne suína catarinense. Atualmente o Estado produz 750 mil toneladas/ano de carne suína, exporta 250 mil para outros países, e tem um consumo interno de 500 mil, metade destes apenas para o mercado catarinense.
Etapas - De acordo com Enori Barbieri, algumas etapas do acordo já foram cumpridas, como a aprovação de Santa Catarina pela Organização Internacional de Epizotias (OIE), com sede em Paris e que determina normas de comércio internacional sanitário. "Cada país importador, além da aprovação da OIE, exige sua auditoria particular ou pessoal." Apesar disso, o presidente da Cidasc faz a ressalva de que o Estado liberado não significa que o negócio já está feito. "A partir do momento que SC estiver apta a vender para o Japão são necessárias as missões internacionais e os entendimentos comerciais entre as empresas catarinenses e japonesas."
Expectativas - Ainda em função dos problemas com o tsunami, o Japão passa por dificuldades de abastecimento, e a expectativa do governo é que ainda em 2011 sejam exportadas cerca de 100 mil toneladas. "Esperamos conquistar de 30% a 40% do mercado japonês, que corresponde algo em torno de 400 mil toneladas/ano, o que nos daria a oportunidade de dobrar a produção de carne suína" explica Barbieri. Como as exigências sanitárias da Coréia, terceiro país importador no segmento (400 mil t/ano), são as mesmas do Japão, espera-se que a abertura do mercado coreano também seja facilitada. A Rússia, segundo país importador de carne suína (750 t/ano), já é atendida por Santa Catarina.