Famato inicia pesquisa sobre pecuária leiteira em Mato Grosso

Publicado em 12/09/2011 09:05
Conhecer a fundo as características da produção de leite em Mato Grosso. Este é o objetivo de um diagnóstico encomendado pelo Sistema Famato que começa a ser executado a partir deste mês. O presidente da federação, Rui Prado, acredita que traçar o perfil da cadeia leiteira do Estado é fundamental para a verticalização do setor. “O setor lácteo é um dos que mais crescem. Para alavancar esta produção e ter melhores resultados, buscaremos na pesquisa o suporte necessário”.

O trabalho será coordenado pelo professor Sebastião Teixeira, da Universidade Federal de Viçosa (MG), que já realiza este tipo de estudo em várias regiões do Brasil. Ele explica que será feito um questionário a ser aplicado em campo, para avaliações quantitativas e qualitativas. Serão entrevistados 380 produtores das bacias leiteiras com maior aptidão produtiva com destaque para Pontes e Lacerda, Guarantã do Norte, Araputanga, Rondonópolis e Terra Nova do Norte.

“Vamos abordar todos os aspectos que a produção do Estado nos permite. Será um trabalho árduo que, com certeza, irá nos mostrar a realidade do leite mato-grossense”, antecipa o pesquisador. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizado na região Centro-Oeste do Brasil, Mato Grosso produziu 657 milhões de litros de leite em 2008, ficando atrás de Goiás, com 2,874 milhões de litros, e à frente de Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, que registraram 496 milhões de litros e 29 milhões de litros, respectivamente.

No entanto, em um comparativo de evolução da produção (1998 a 2008), Mato Grosso cresceu 61,82%, enquanto que o índice de Goiás foi de 45,22%, de Mato Grosso do Sul, 16,16%, e do DF, uma baixa de 12,12%. “Mato Grosso tem potencial de atingir os mesmos índices dos maiores estados produtores do país. Por isso, temos que conhecer melhor nossa produção”, salienta Prado.

José Honorato, produtor na região de São José dos Quatro Marcos, é um dos que apostam no crescimento do setor. Em sua propriedade, onde o leite é a atividade principal, produz 500 litros por dia de um rebanho de 60 vacas. Ele acredita que o levantamento poderá contribuir para a profissionalização da atividade e ainda na regulação dos preços, que oscilaram de R$ 0,54 a R$ 0,92 o litro. Atualmente, a média é R$ 0,54. “Estaremos com as porteiras abertas, pois é disso que a atividade precisa para crescer, afinal nossa região é bastante dependente do leite”.

Além das propriedades rurais, também serão entrevistados diretores das maiores indústrias (cooperativas) laticinistas situadas nas regiões Oeste, Centro-Sul e Norte. Para o gerente da Aprendizagem Rural do Senar, Maciel Becker, o estudo auxiliará na identificação das maiores demandas pela qualificação de mão de obra, papel assumido pela entidade. “Precisamos saber quais são as especificidades de cada região para atuarmos de maneira mais incisiva na capacitação dos trabalhadores da pecuária leiteira”. O diagnóstico é realizado pela Famato, Senar, Imea e OCB/MT.

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Só Notícias

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