Frango: Porcentagem das exportações na produção brasileira é quase o mesmo de 2006

Publicado em 14/09/2011 11:17
Nos primeiros sete meses de 2011 as exportações absorveram 30% da produção brasileira de carne de frango, o menor índice de participação dos últimos cinco anos. Esse resultado é praticamente o mesmo registrado em 2006 quando, em função de uma crise externa de Influenza Aviária, as exportações de carne de frango do Brasil sofreram forte refluxo e absorveram apenas 29% do volume total produzido.

Poderia ter sido pior (ou seja, o índice de participação ser ainda menor) não fosse a pronta ação do setor que - frente à queda das exportações e ao aumento das disponibilidades internas – reduziu significativamente o ritmo de produção, fechando aquele exercício com um volume praticamente igual ao do ano anterior (+0,06%). Em decorrência, reajustou-se a disponibilidade interna.
Não é o que está sendo observado em 2011 – pelo menos se considerados os dados até julho, os últimos divulgados. Nos sete primeiros meses de 2011, para uma evolução de 3,39% nas exportações, a produção aumentou mais de 6%, o que resultou em uma oferta interna mais de 7% superior à do mesmo período do ano passado. Com visíveis resultados nos preços e no desempenho econômico das empresas do setor.

Em casos como este a redução do ritmo produtivo é fator fundamental. Pois é o que cria situações como a observada em 2009, ano em que toda a economia enfrentou momentos difíceis em decorrência da crise econômica mundial.

Então, a despeito da crise, o volume exportado correspondeu ao mesmo nível (elevado, de 33%) do ano anterior. Só que isso foi conseguido reduzindo-se a produção concomitantemente à redução da exportação. O resultado foi a manutenção da oferta interna nos mesmos níveis do ano anterior, minimizando-se as perdas financeiras resultantes da menor demanda externa e interna.
Em suma, a produção de carne de frango precisa, sim, continuar crescendo. Mas como as vendas externas correspondem à menor parcela da produção, os índices de expansão devem ser menores que os ditados pela evolução da exportação. Pois, do contrário, aumentam abruptamente as disponibilidades internas – um risco indesejável quando se convive com os mais altos custos de produção de todos os tempos.

Fonte: Avisite

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