Preço de cacau reage no mercado interno

Publicado em 10/01/2012 11:58
O produtor de cacau do Brasil que estava desanimado com o preço da amêndoa que vinha sendo comercializada abaixo dos custos de produção amanheceu aliviado nesta terça-feira (10). Isto em virtude de uma repentina alta no preço da commodity que saltou para R$69@.

No eixo Ilhéus, Itabuna (BA), os preços iniciaram a segunda-feira sendo comercializado a uma média de R$ 65 e elevou-se durante o dia chegando a ser negociado a R$ 69@ até o fechamento. De acordo com o analista de Mercado Thomas Hartmann, o motivo do aumento deve-se ao retorno de muitos dos grandes operadores que haviam se afastado do mercado durante as semanas dos feriados, e também às notícias de mudança climática na África. “Os preços de cacau encenaram uma reação violenta às notícias fundamentais altistas que chegaram da África durante os dias recentes relatando o agravamento da estiagem causada pelos ventos secos e quentes do Harmattan.”

O comportamento dos preços no país tende a acompanhar as cotações internacionais e segundo Hartmann, na safra 2010/11, o mundo teve um superávit grande, o que ainda exerce influência no mercado.

O analista prevê que a produção de cacau mundial ficará entre 4,1 milhões e 4,2 milhões de toneladas em próxima safra 2011/12. O que envolve também o consumo mundial da amêndoa, causando divergência e variando de 2,5% a 5%.  "Uma ala do mercado acredita que a crise não afeta o consumo de chocolate. Outra, aposta que haverá impactos. O que ocorre é que neste ano há incertezas nunca vistas", afirma Hartmann.

Os preços médios desde setembro/11 estavam abaixo do custo de produção na região sul da Bahia, apesar de ser difícil estimar os custos de produção regional. As cotações médias internas chegaram a atingir R$ 60 no período.

A safra principal no Brasil, que segue até abril, deve ter uma produção entre 175 mil e 180 mil toneladas, uma variação de 10% a 12% menor do que a anterior, segundo os analistas de mercado.

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Fonte: Mercado do Cacau

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