Soja fecha a semana em leve alta, com notícias de falta de chuvas no Sul do Brasil

Publicado em 10/02/2012 14:32 e atualizado em 10/02/2012 18:04
Depois de mais um dia pressionado pelas estimativas conservadoras do USDA (Departamento Agrícola dos Estados Unidos), as cotações da soja terminaram a sexta-feira em leve alta na Bolsa de Chicago. Todos os vencimentos tiveram ganho de 1,5 cent por bushel com a mudança de posição dos fundos, que venderam contratos especulativos de milho e compraram os de soja.

Dois fatores contribuiram para a mudança de posição dos especuladores: 1) As notícias vindas da meteorologia, dando conta que as previsões para os próximos 15 dias serão de poucas ou quase nenhuma chuva na região Sul e parte do Sudeste brasileiro (incluindo Paraguai) - no momento crítico de enchimento de grãos da soja tardia; e 2) a intenção dos produtores norte-americanos em plantarem a maior área de milho na próxima safra, diminuindo a de soja (cujo preço precisará subir, para estimular o plantio dos sojicultores americanos).

Isso tudo apesar do mercado financeiro passar a sexta-feira pressionada pela falta de definição com o pagamento da divida da Grécia, e também coma a agencia Standart & Poors rebaixar a nota de crédito de 23 bancos italianos, que detem creditos gregos em seus portfólios.

Segundo o analista de Chicago, Pedro Djaineka, as cotações da soja ainda deverão sofrer as consequencias baixistas do relatório de quinta-feira do USDA (que estimou uma quebra de apenas 2 milhões de tons. na safra de soja brasileira), mas tão logo as notícias sobre o clima no sul do Brasil impactarem os especuladores mundiais, os preços deverão sofrer modificação para cima.

Paralelamente, as preocupações com um possível declínio da demanda chinesa pela soja também afetou o mercado da oleaginosa nesta sexta-feira. Já no mercado do milho, vendas especulativas atuam como fatores negativos nos preços.

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Por: Carla Mendes
Fonte: Notícias Agrícolas

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