Arroz: eficiência das medidas depende da rapidez na sua implementação

Publicado em 22/03/2012 07:14
O MAPA anunciou, nessa terça-feira, a liberação de R$ 737 milhões, entre abril e julho, para operações de apoio à comercialização de arroz.
O representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Francisco Schardong, afirmou nesta quarta-feira (21-03) que a efetividade das medidas de apoio à comercialização do cereal, anunciadas pelo Governo federal, dependerá da rapidez no processo de implementação dos mecanismos de sustentação de preços. “O pacote foi anunciado no momento exato, mas os mecanismos precisam estar disponíveis até a primeira quinzena de abril para que os resultados sejam efetivos”, afirmou.

O MAPA anunciou, nessa terça-feira, a liberação de R$ 737 milhões, entre abril e julho, para operações de apoio à comercialização de arroz, incluindo Aquisição do Governo Federal (AGF), contratos de opção de venda, Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro). Juntos, esses mecanismos garantirão o escoamento de 2,020 milhões de toneladas de arroz. Com as medidas, o Governo quer corrigir as distorções de preços e garantir competitividade no mercado.

Para Schardong, as medidas impedirão que os preços do cereal recuem, durante o ano, abaixo do preço mínimo de garantia, estabelecido pelo Governo federal em R$ 25,80 por saca de 50 quilos. Uma queda abaixo desse valor comprometeria a renda e desestimularia o plantio da nova safra, a partir de setembro. “A sinalização de preços para o ano, neste momento, quando os produtores estão começando a colher a safra, é muito importante”, afirmou. A estimativa da CNA é que 20% da atual safra de arroz tenha sido colhida até agora.

De acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de arroz na safra atual, 2011/2012, será de 11,267 milhões de toneladas, volume inferior ao total de 13,613 milhões de toneladas produzidas no ano-safra anterior. Schardong lembra que o clima adverso prejudicou o desenvolvimento das lavouras. O recuo dos preços, em 2011, também desestimulou o plantio, comprometendo a produção em 2012. “É esse cenário, de desestímulo à produção, que precisamos evitar”, completou.
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Fonte:
CNA

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