Federarroz busca em Brasília solução para endividamento
Na pauta, dois temas de máxima urgência e importância para a cadeia produtiva: o endividamento, hoje pressionado pela proximidade dos vencimentos dos financiamentos e a comercialização. “Vamos abordar fortemente esta situação das dívidas do setor, que são decorrentes, em parte, da falta da garantia de preços pelo governo federal e de uma política agrícola ao longo dos últimos anos”, explica Renato Rocha. Os arrozeiros pedem o reescalonamento de dívidas e prorrogação de vencimentos. O dirigente lembra ainda que fazem 8 meses que o pedido foi apresentado ao Mapa e até a presente data não existe solução aos produtores.
Os arrozeiros também vão cobrar a entrada do governo federal no mercado de arroz com leilões de contratos de opção para dar fôlego à comercialização e, ao mesmo tempo, balizar os preços até o final do ano. “Via repasse, dá até para fomentar as exportações”, argumenta Renato Rocha. Segundo o dirigente, o fato dos preços médios do arroz atualmente baterem na casa de R$ 28,00 no Rio Grande do Sul, não representa lucro ao arrozeiro. “Na safra passada a média foi de R$ 21,00, o que quer dizer que em duas safras a média de preços está em torno de R$ 24,50, contra um custo de R$ 30,00 por saca de 50 quilos, razão pela qual o endividamento está batendo à porta da lavoura e o governo precisa fazer alguma coisa”, frisa.