Preços estimulam produção de feijão em Minas Gerais

Publicado em 28/06/2012 07:15
 A movimentação nas lavouras de Minas Gerais para o plantio da terceira safra de feijão indica que o bom momento do mercado deve impulsionar a produção em 2012. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a colheita total do Estado (três safras) será da ordem de 628 mil toneladas . Com base no acompanhamento realizado pela Emater-MG nas áreas de produção, a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) informa que os agricultores estão investindo em tecnologia para aproveitar o cenário favorável do mercado.

De acordo com o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, a terceira safra de feijão, exclusivamente, deve proporcionar uma colheita de 182 mil toneladas nas lavouras espalhadas em 72,1 mil hectares de Minas. “Esse volume já será suficiente para possibilitar à safra total do Estado um crescimento de 7,7% em relação à registrada no ano passado”.

Unaí, na região Noroeste, lidera a produção de feijão no Estado. São 106,3 mil toneladas/ano, volume equivalente a 39% do total estimado para a região. Segundo a estimativa do IBGE para a terceira safra, o município vai produzir 61,6 mil toneladas. Wilson Rosa, coordenador técnico Estadual de Culturas da Emater, vinculada à Seapa, observa que a área reservada neste estágio da produção para a cultura de feijão em Unaí (23 mil hectares) é bastante expressiva. A produtividade prevista também é alta, porque os produtores do município e região fazem investimentos em boas práticas de cultivo.

Wilson Rosa e Albanez consideram que o principal fator de estímulo para os produtores de feijão, sobretudo nesse período do plantio que se estende até agosto, é o mercado em alta. Os preços do produto variam atualmente de R$ 180,00 a R$ 210,00 o saco de 60 quilos. No mesmo período de 2011, a variação era de R$ 100 a R$ 110,00.

Cenários variados

O superintendente da Seapa explica que cada uma das três safras de feijão no Estado, em 2011/2012, apresenta cenário diferente. “Na primeira safra (215,9 mil toneladas), a produção ficou 3,3% abaixo da registrada no período equivalente do ano anterior, por causa principalmente dos preços pouco atraentes para o produtor. Por isso, houve redução da área plantada. Além disso, os levantamentos evidenciam uma retração dos investimentos em tecnologia indispensável para a boa produtividade”, explica.

Os produtores, diante desse cenário e com a perspectiva de obter melhor remuneração com a soja, transferiram seus investimentos para esse cultivo, pois havia o estímulo das boas vendas no mercado internacional. “O mercado interno da soja também vinha apresentando crescimento sobretudo por causa da demanda da indústria de ração animal, consequência do incremento da produção de suínos, aves e bovinos”, acrescenta Albanez.

Já a segunda safra de feijão nas lavouras do Estado, da ordem de 230 mil toneladas, apresentou crescimento de 28,8% em relação à anterior. Essa progressão, segundo Albanez, já era esperada como consequência da quebra da primeira safra no país (redução de 23% na produção) e aumento do preço do feijão.

Para o superintendente, “esses dados reforçam a possibilidade de aumento do plantio da terceira safra em Minas, e pode ocorrer até a superação das estimativas da safra total do Estado.

Cenário do feijão/2012 em MG
Safra total estimada: 628 mil t 
Noroeste: 274 mil t
Unaí: maior produtor estadual: 106,3 mil t
Cotação/saco 60 kg: R$ 180,00 a R$ 210,00
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Fonte:
Seapa

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