Arroz: Dezembro ruma para o final com forte queda nos preços

Publicado em 21/12/2012 10:42
Indicador Cepea beira os 5% de retração nos preços do arroz em casca em 20 dias de dezembro
Ao concluir seus 20 primeiros dias, o mês de dezembro registra a mais forte baixa dos preços do arroz ao produtor desde que foi iniciada esta trajetória em outubro. O Indicador do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&F Bovespa para o Rio Grande do Sul (58x10 / 50kg – à vista) caiu 4,95%, fechando nesta quinta-feira com a cotação de R$ 35,70. Pelo câmbio do dia, uma saca de arroz equivale a US$ 17,31.

A aceleração da queda nos preços se deve, basicamente, ao anúncio de oferta de 100 mil toneladas em leilão da Conab, no próximo dia 3 de janeiro, que as entidades representativas estão tentando suspender pela via política e setorial. O aumento das importações no segundo semestre e a proximidade da safra (60 dias para as primeiras lavouras serem colhidas) com as grandes indústrias estocadas, também influenciam na queda. A previsão de uma safra igual ou maior do que a passada, também afeta os preços.

Assim, a comercialização é lenta e se resume basicamente às pequenas e médias indústrias. A tendência é da queda nos preços se acentuar até, pelo menos, o anúncio do resultado do leilão da Conab (se for confirmado). Nos próximos 10 dias, a comercialização deverá praticamente parar, com as indústrias retomando as compras só após a virada do ano. 

O leilão na arrancada de 2013 – se acontecer – será um termômetro importante da comercialização no pico da entressafra. E se com o resultado da comercialização sair outro edital com altos volumes de oferta, mostrando que o governo brasileiro manterá a política para derrubar os preços, é de se esperar um início das vendas da safra 2012/13 em preços pouco superiores ao mínimo, embora ainda haja muita água para rolar até lá.

Atualmente, as expectativas dos arrozeiros se concentram nos resultados da exportação (acima do projetado pelo governo), na redução dos estoques de passagem (abaixo das perspectivas oficiais) e na eficiência dos argumentos das entidades para sensibilizar o ministro Mendes Ribeiro Filho. O clima, por hora, é favorável ao cultivo em todo o Brasil (exceto o Nordeste, que começa mais tarde). A prorrogação das dívidas, que seria um fator altista, por reduzir a pressão sobre os arrozeiros, não surgiu grande efeito. Confirma, portanto, que os agricultores que precisam deste mecanismo já venderam suas safras e não dispõem volume significativo do produto para ofertar neste final de ano.
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Fonte:
Planeta Arroz

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