Arroz: Mínima valorização em junho e expectativa de estabilidade em julho

Publicado em 02/07/2013 09:31
Retração nas exportações, aumento das importações e ameaça constante de vendas de estoques pelo governo federal mantém preços do arroz com expectativa de estabilidade

O mês de junho encerrou neste domingo com os preços do arroz em casca registrando levíssima alta de 1,58%. Após alcançarem a valorização de 3,42% no mês de maio, as cotações do cereal no Rio Grande do Sul reduziram a intensidade da evolução em junho, segundo o indicador de preços do Arroz em Casca Esalq/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (58x10 / 50kg). A cotação da saca do cereal fechou o mês cotada em R$ 34,06 (28/6), valor equivalente a US$ 15,27, pela cotação da sexta-feira. Neste primeiro dia de comercialização de julho os preços se mantiveram, com a valorização de um centavo de dólar por conta da oscilação das cotações.

O resultado ficou pouco aquém do esperado pelo setor, que projetava uma valorização entre 2% e 3% no mês. Ainda assim, ultrapassou perigosamente o limite de R$ 34,00 estipulado pelo governo federal para o início dos leilões de oferta de arroz dos estoques da Conab, hoje estimados em volume pouco inferior a 1 milhâo de toneladas. Por hora, a Companhia apenas anunciou um leilão de troca de 4,5 mil toneladas de arroz, que serão destinadas à países com dificuldades de abastecimento ou vítimas de catástrofes.

A forte valorização do dólar frente ao real vem garantindo certa estabilidade e até recuperação das vantagens do produto nacional no mercado externo, o que pode garantir algum equilíbrio nos próximos meses de comercialização.

Nesta segunda-feira o Conselho Monetário Nacional informou o reajuste nos preços mínimos do arroz longo fino em casca e também do produto longo, que ficou entre 6,6% e 12,9% dependendo do produto e da região. Apenas os grãos colhidos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, que representam cerca de 75% da produção nacional, não tiveram os preços mínimos reajustados. Segundo os representantes do governo, a medida foi tomada para “incentivar o desenvolvimento da cultura em outros estados e pelo fato de haver uma grande concentração produtiva no Sul, o que demanda muita logística e gera custos para o abastecimento do restante do País”.

Além desta novidade, na semana que passou chamou atenção as eleições da Federarroz. Há dois candidatos: Juarez Petry de Souza, de Tapes (RS) e Henrique Dorneles, de Alegrete (RS) e 24 presidentes de associações aptos a votar. A primeira assembleia foi cancelada pela Justiça atendendo pedido da chapa de Petry. A alegação é de que algumas regras foram alteradas depois da publicação do edital das eleições. Nesta segunda-feira, a federação se reuniu novamente para determinar os novos moldes da eleição.

O mês de julho tem duas leituras. Uma, de estabilidade até valorização do grão no Sul do Brasil por conta do demanda nacional por grãos. O outro é baixista, por conta dos preços terem superado o patamar de R$ 34,00, o pagamento do custeio iniciar agora em julho, o que normalmente leva o produtor a ofertar grão, o pagamento dos 10% da dívida históricas recontratadas, uma eventual oferta governamental e a persistência de uma importação mais substancial. Os preços médios no Estado giram entre R$ 33,30 a 33,50.

Em Santa Catarina as cotações permanecem estabilizadas entre R$ 32,00 e R$ 33,00 no Sul do Estado, e em até R$ 34,00 em Turvo. No Mato Grosso, com uma safra suficiente para abastecer as indústrias no primeiro semestre, mais as importações do Paraguai, as cotações se mantiveram na faixa de R$ 35,00 a R$ 36,00 para a saca de 60 quilos, com 55% acima de inteiros.

MERCADO

A Corretora Mercado, de Porto Alegre, indica cotações médias estáveis de R$ 33,50 para a saca de arroz de 50 quilos, em casca, no Rio Grande do Sul. O valor referencial para a saca do produto beneficiado, em 60 quilos, é de R$ 70,00, com desvalorização de 50 centavos em 12 dias. Nos demais produtos derivados, estabilidade total. A tonelada do farelo de arroz colocada em Arroio do Meio/RS se manteve em R$ 350,00, uma vez que a boa safra de verão garante o abastecimento de soja e milho para as rações. Também estável é o preço do canjicão (60kg/FOB) em R$ 37,00. A quirera (60kg/FOB) permanece em R$ 33,50.

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Fonte:
Planeta Arroz

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