FARSUL conta com o apoio do Ministério da Agricultura para defender manutenção da TEC do trigo

Publicado em 02/07/2014 07:44

Na última semana, na sede da FARSUL, o ministro da agricultura, Neri Geller visitou o presidente do Sistema FARSUL, Carlos Sperotto, que pediu espaço para defender a posição da entidade em relação à Tarifa Externa Comum (TEC) para o trigo importado de fora do Mercosul na reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), no dia 3 de julho. “Nos momentos em que tínhamos que preservar a safra e o produtor daqui, o Governo não preservou. Entregamos um ofício pedindo espaço na reunião da Camex para apresentar nossos argumentos técnicos justificando a manutenção da TEC. Não descartamos chamar o Conselho da Federação para ajuizar ou não a questão porque iremos aos extremos para que isso não se repita”, afirmou Sperotto. Geller se comprometeu a levar a solicitação adiante e destacou o trabalho conjunto feito com a entidade, buscando escutar e valorizar cada vez mais o setor produtivo. “Enquanto eu estiver como ministro, podem ter certeza de que vou defender a produção nacional e continuaremos alinhados com vocês porque, quem produz, move a economia”, reiterou Geller aos presentes.

O ministro explicou que por meio do trabalho feito pela FARSUL e pelo próprio Ministério da Agricultura, a TEC já havia sido retirada de pauta de duas reuniões anteriores da Camex. “Não aceitamos a isenção da TEC para 2,5 milhões de toneladas para abril. Conseguimos baixar para 1 milhão de toneladas, mas não tivemos como evitar a supressão da tarifa pelo acordo feito anteriormente.”, disse o ministro. Ele explicou ainda que foi negociado para que o período de internalização deste montante não se estendesse durante a época de colheita da safra nacional, ficando então estipulado o prazo até 15 de agosto.

Ministro não garante interrupção de leilões de arroz

Geller também acatou o pedido do setor produtivo arrozeiro de não realizar leilões para evitar queda no preço do produto. “Sabemos da importância da produção do cereal no Estado, então não realizaremos leilões por enquanto para o produtor poder fazer a comercialização com remuneração justa. Porém, se o preço subir muito, teremos que fazer, mas sempre ouvindo bem o setor e discutindo”, alertou Geller. Sobre o pedido de revisão do preço mínimo para o arroz, que hoje é de R$ 25,80 a saca de 50 kg no Estado, o ministro disse que foi formado um grupo de trabalho para analisar a questão, já que há divergência de dados entre o Governo e o setor privado. Se por argumentos técnicos for provada a defasagem do preço mínimo, a Conab será chamada para fazer a revisão, garantiu Geller.

Já em relação ao feijão, o ministro informou que o Governo deve fazer novas aquisições através de operações de AGF para garantir o preço mínimo ao produtor (R$ 105/saca), já que as vendas têm sido feitas abaixo dele - entre R$ 40 e R$ 50 a saca, segundo Sperotto. “Já compramos mais de R$ 20 milhões através de AGF para dar sustentação de preço aos nossos produtores após uma reivindicação feita em Vacaria cerca de 30 dias atrás. Agora tem mais uma demanda e nós entramos de novo e quando precisar nós vamos entrar no mercado”, assegurou Geller.

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Canal do Produtor

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1 comentário

  • Marcelo De Baco Viamão - RS

    Bom dia!

    Independente do acordo e do período, deveria existir uma coerência mínima. Os preços internacionais caíram mais de 30%, faltavam poucos dias para o relatório americano, ou seja, não foi uma decisão técnica.

    Infelizmente eu duvido que agora se derrube o que está decidido, porém o setor deveria ter representação nas reuniões que decidem a respeito da queda da TEC. Ao menos um relatório de mercado deveria ser observado...um ponto muito simples, quanto cai o preço do pão com este tipo de medida? se não cai quem se favorece?

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