Arroz: Brasil retoma exportações para o Iraque

Publicado em 11/11/2014 12:33

O Brasil venceu uma licitação para enviar ao Iraque 30 mil toneladas de arroz beneficiado (em base casca). O cereal, a ser entregue em granel, será embarcado ainda em novembro rumo ao Oriente Médio, um dos mais cobiçados destinos do comércio mundial por causa da boa remuneração. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pela autoridade de abastecimento iraquiana. 

Henrique Osório Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), considera importante a posição firmada pelos agentes comerciais brasileiros frente à concorrência pelo abastecimento do Oriente Médio. “É um mercado que buscávamos há pelo menos um ano, e com profissionalismo e persistência foi possível tornar esta venda em realidade, abrindo novo cenário para negócios futuros”, afirma.

O cereal a ser embarcado é de alta qualidade e percentual de grãos inteiros, das chamadas “variedades nobres”, entre as quais se destacam a BR Irga 409, a Irga 417 e a Puitá, além de uma cultivar híbrida. “Este contrato desmistifica o conceito de que arroz híbrido não serve para a exportação”, frisa Dornelles.

Por outro lado, o dirigente arrozeiro reconhece que o Brasil venceu a licitação porque, excepcionalmente, o edital buscava arroz beneficiado em granel. Os países do Oriente Médio pagam bem, mas geralmente compram o cereal ensacado. Neste caso, o Brasil não é competitivo pelo custo de ensacamento. “Se o projeto que vem sendo discutido com a cadeia produtiva para instalar um Chip Loader e modernizar a estrutura do Porto de Rio Grande fosse tornado realidade, teríamos condições de concorrer com os maiores players mundiais também nessas licitações em condições iguais ou melhores, e alcançar uma faixa superior de preços”, revela Henrique Osório Dornelles.

Para o líder orizicultor, a valorização do dólar mais uma vez mascarou os problemas de competitividade dos produtos brasileiros. “Os fatores de restrição competitiva do arroz para o comércio mundial precisam ser enfrentados pelos governos federal e estadual para que não nos tornemos dependentes da volatilidade do câmbio”, acrescenta Dornelles. Com base no cenário conjuntural, a expectativa do setor é de que já a partir de novembro as exportações nacionais avancem novamente ao patamar médio superior a 100 mil toneladas (base casca) por mês. “Daqui pra frente o mercado tende a manter-se nestes patamares”, assegura o presidente da Federarroz. Câmbio e queda de volume de oferta de concorrentes diretos colaboram para esta expectativa.

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Federarroz

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