China planeja elevar produção de grãos em 10% até 2020 e enfrentar poluição rural

Publicado em 17/11/2016 10:45

SÃO PAULO (Reuters) - A China planeja aumentar sua capacidade de produção de grãos em 10 por cento até 2020, mesmo com o objetivo de interromper o uso excessivo de fertilizantes e pesticidas e promover um setor agrícola mais amigável ao meio ambiente.

Garantir a autossuficiência em importantes culturas agrícolas é uma prioridade na China, país mais populoso do mundo, mas o governo também está sob pressão para enfrentar o problema da poluição em áreas rurais.

O 13º plano quinquenal de desenvolvimento da economia rural publicado pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma nesta quinta-feira reiterou o objetivo estabelecido anteriormente de elevar a capacidade de produção de grãos para 550 milhões de toneladas em 2020, ante 500 milhões no ano passado.

O órgão de planejamento estatal reiterou a meta de crescimento zero no uso de fertilizantes e pesticidas até 2020 e de realizar a reciclagem de embalagens.

A China consome cerca de um terço da produção global de fertilizantes, com crescimento rápido no uso em anos recentes puxado pela aplicação na fruticultura e horticultura.

O uso excessivo de fertilizantes químicos e pesticidas tem levado à poluição de recursos hídricos, contaminação do solo com metais pesados e altos índices de resíduos nos alimentos.

Os problemas ambientais são "cada vez mais proeminentes, com recursos de água e solo em oferta reduzida e com fertilidade do solo em algumas áreas claramente em declínio", segundo o documento, que destaca os desafios da economia rural da China.

O órgão de planejamento também disse que a China deverá manter sua área agricultável estável em 124 milhões de hectares

(Por Dominique Patton e David Stanway)

Tags:

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Gergelim doce é a aposta de renda extra para agricultura familiar em MT
Feijão, por Ibrafe: Produtores do Paraná sem liquidez no mercado
Arroz/Cepea: Em meio às fortes chuvas no Sul, negociações travam
Região arrozeira central no Rio Grande do Sul é a mais afetada pela enchente, aponta vice-presidente da Federarroz
Irga informa que o acompanhamento da evolução da safra será retomado paralelamente ao retorno da colheita