Federarroz avaliza escolha do governo estadual para o Irga

Publicado em 03/04/2019 13:40
Comunicado da entidade ressalta que nome tem perfil técnico e espera que diretoria siga o mesmo critério

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) emitiu nota nesta quarta-feira, 3 de abril, dando apoio e agradecendo o governo do Estado do Rio Grande do Sul pela manutenção do nome de Guinter Frantz à frente da presidência do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). No comunicado, a entidade ressaltou que, com este ato de recondução ao cargo o executivo gaúcho atende a vontade do Conselho Deliberativo do Irga ao indicar esta permanência na função, a medida que 80% dos conselheiros votaram favoravelmente à permanência do presidente.

Segundo a nota, Frantz possui perfil eminentemente técnico e alinhado com os interesses da lavoura arrozeira e demais entidades do setor orizícola do Rio Grande do Sul. No mesmo comunicado, a Federarroz destacou que aguarda a mesma postura para as indicações dos demais integrantes da diretoria do órgão. "Acreditamos que não há mais espaços para indicações políticas, à medida em que a lavoura arrozeira passa por uma grave crise e clara evidência de diminuição de área para a próxima temporada", diz a nota.

O comunicado da Federarroz reforça ainda arroz possui o maior custo por hectare entre os grão em função da Taxa CDO. Quando criada, era destinada à pesquisa, extensão, promoção, comercialização, estocagem e seguro agrícola de risco nomeado (granizo). "Hoje, devido ao volume produzido pelo Estado, a comercialização e a estocagem não são mais executados. A pesquisa e extensão passam por grave problema de evasão de servidores devido defasagem de salários, que provavelmente comprometerá ainda mais o futuro da atividade", conclui a nota.
O engenheiro agrônomo Guinter Frantz foi presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) na gestão passada com o governador José Ivo Sartori.

Nota aos Oriziculores

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) agradece o governo do Estado do Rio Grande do Sul pela manutenção do nome de Guinter Frantz à frente da presidência do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Ressaltamos que com este ato de recondução ao cargo o executivo gaúcho atende a vontade do Conselho Deliberativo do Irga ao indicar esta permanência na função, a medida que 80% dos conselheiros votaram favoravelmente à permanência do presidente.

Frantz possui perfil eminentemente técnico e alinhado com as necessidades da lavoura arrozeira e apoio das entidades do setor orizícola do Rio Grande do Sul. A Federarroz agora aguarda a mesma postura para as indicações dos demais integrantes da diretoria. Acreditamos que não há mais espaços para indicações políticas, à medida em que a lavoura arrozeira passa por uma grave crise e clara evidência de diminuição de área para a próxima temporada.

O arroz possui o maior custo por hectare entre os grão em função da Taxa CDO. Quando criada, era destinada à pesquisa, extensão, promoção, comercialização, estocagem e seguro agrícola de risco nomeado (granizo). Hoje, devido ao volume produzido pelo Estado, a comercialização e a estocagem não são mais executados. A pesquisa e extensão passam por grave problema de evasão de servidores devido defasagem de salários, que provavelmente comprometerá ainda mais o futuro da atividade. A arrecadação total anual do CDO é de aproximadamente R$ 90 milhões, por ser descontado no momento da venda, possui custo ao produtor de R$ 100,00 a R$ 200,00 por hectare, dependendo da produtividade.

Para a Federarroz, há necessidade imediata de mudança no Irga para que esse instituto se modernize, prestando serviços de marketing além dos limites do Rio Grande do Sul e do Brasil, com tecnologia alimentar, que valorize seus servidores e realmente protagonize pesquisa de ponta na várzea.

O atual quadro do setor arrozeiro é extremamente delicado. A área plantada remete há 12 anos, infelizmente acompanhada pela produção, em função da descapitalização dos produtores e clima. O Rio Grande do Sul deverá colher 7,1 milhões de toneladas, representando um decréscimo de arrecadação de ICMS de mais de R$ 60 milhões somente na comercialização do grão. 

Para a próxima temporada, segue tendência de redução de área, principalmente na reconversão pela lavoura de soja. O crescente custo de produção, dificuldades de comercialização como ICMS de 12% no arroz em casca e influência do Mercosul contribuirão determinantemente para isso.

Tags:

Fonte: Federarroz

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ANA e INPE lançam publicação que atualiza dados sobre irrigação de arroz no Brasil
Abiarroz intensifica ações para abertura do mercado chinês ao arroz brasileiro
Federarroz monitora situação das chuvas em lavouras arrozeiras gaúchas
CNA debate área plantada de soja e milho no Brasil
Ibrafe: Preços já estão 40% abaixo do praticado no ano passado.