Erdogan ecoa queixas de Putin sobre exportações de grãos

Publicado em 08/09/2022 12:08

ISTAMBUL (Reuters) – O presidente turco, Tayyip Erdogan, disse nesta quinta-feira que deseja que os grãos da Rússia também sejam exportados, acrescentando que Vladimir Putin estava certo ao reclamar que os grãos da Ucrânia estavam indo para países ricos e não pobres sob um acordo apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O acordo de exportação de grãos visa evitar uma crise alimentar global, garantindo a passagem segura de navios dentro e fora dos portos ucranianos, permitindo-lhes exportar dezenas de milhões de toneladas de grãos que foram bloqueados pela invasão russa.

O acordo, assinado por Ucrânia, Rússia, Turquia e ONU, também facilita as exportações russas.

“O fato de que os carregamentos de grãos estão indo para os países que implementam essas sanções (contra Moscou) perturba Putin. Também queremos que os embarques de grãos saiam da Rússia”, disse Erdogan em entrevista coletiva com seu colega croata.

Na quarta-feira, o presidente da Rússia, Putin, apresentou a ideia de limitar o acordo, já que está entregando grãos, outros alimentos e fertilizantes à União Europeia e à Turquia, e não a países pobres.

O grupo de coordenação com sede em Istambul, que inclui os quatro signatários, disse que cerca de 30% da carga foi para países de baixa e média renda.

Autoridades da ONU e da Rússia se reuniram em Genebra na quarta-feira para discutir as queixas russas de que as sanções ocidentais estavam impedindo suas exportações de grãos e fertilizantes, apesar do acordo da ONU.

(Reportagem de Ezgi Erkoyun)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Federarroz alerta que novas regras do piso mínimo de frete agravam crise na orizicultura gaúcha
Anec projeta aumento nos embarques de soja e milho do Brasil em dezembro
Abertura de mercado para o Brasil na Índia e na Rússia
Arrozeiros celebram aprovação do uso da Taxa CDO para apoiar cadeia produtiva do arroz
Arroz/Cepea: Indústria retraída e exportações fracas mantêm pressão
Rússia eleva tensão no Mar Negro e milho e trigo sobem em Chicago