Índia vai elevar importação de óleos e sementes comestíveis

Publicado em 21/08/2009 10:22
A Índia deverá elevar a importação de sementes e óleos comestíveis para recuperar seus estoques de segurança, depois que uma estiagem prolongada quebrou a safra de verão. A esperança do país, agora, recai sobre a produção de inverno.

O ministro de Finanças, Pranab Mukherjee, afirmou após reunião com outros representantes do governo para avaliar a situação, que o governo decidiu manter o equilíbrio entre oferta e demanda via importação, para qualquer produto que isso seja necessário. A seca atingiu 246 dos 625 distritos administrativos do país. O volume das chuvas de monções ficou 26% abaixo da média no período de 1 de junho a 19 de agosto.

O Departamento de Meteorologia da Índia já tinha previsto que as chuvas da estação das monções - junho a setembro - ficariam substancialmente abaixo da média, reduzindo o plantio e danificando lavouras em muitas partes do país. Mas a ocorrência de chuvas nos últimos sete dias sobre o norte do país limitou os danos em algumas áreas de arroz, cana-de-açúcar e sementes comestíveis.

O ministro de Agricultura, Sharad Pawar, acredita que as lavouras de inverno enfrentarão menos problemas. "Prevemos aumento e antecipação do plantio de inverno. Esta é uma boa oportunidade para assegurar que o trigo será plantado a tempo", disse referindo-se às chuvas da última semana. Segundo ele, o governo vai intensificar os esforços para aumentar a área plantada com trigo em novas regiões, como o leste de Uttar Pradesh, Bihar e West Bengal.

Mukherjee, ministro de Finanças, disse que os atuais estoques de segurança são adequados para lidar com a situação. "Começamos o ano com bom volume nos estoques. A quantidade normal para o trigo é quatro milhões de toneladas e, para o arroz, 5,2 milhões de toneladas". A Índia ainda tem mais três milhões de toneladas trigo e dois milhões de toneladas de arroz nas reservas estratégicas. Por outro lado, a oferta de óleos e sementes comestíveis terá de ser balanceada com importações.

O governo isentou de impostos a importação de óleos comestíveis brutos, mas os refinados ainda pagam 7,5% de imposto para entrar no país, que espera comprar entre sete milhões e 7,5 milhões de toneladas de óleos comestíveis até 31 de outubro.

O país é o maior consumidor e importador mundial de sementes comestíveis, com demanda de 17 milhões a 18 milhões de toneladas por ano, e produção de apenas 15 milhões de toneladas. A importação desses produtos está isenta de impostos até março de 2010. A exportação foi proibida pelo governo. As informações são da Dow Jones.

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Fonte:
Estadão

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