Chuva interrompe plantio de milho e feijão

Publicado em 30/09/2009 17:08
As lavouras de milho e feijão estão com o plantio atrasado. As chuvas excessivas estão encharcando o solo e dificultando a entrada do maquinário. A safra, que teve início na primeira quinzena deste mês corre o risco de sofrer quebras caso não haja um período de, pelo menos, uma semana de tempo bom. Além disso, a alta umidade provocou o apodrecimento das raízes das plantas que estavam germinando. Mais de 60% do plantio de milho e trigo já foi concluído, mas os produtores estão aguardando que o clima melhore para que os trabalhos sejam retomados. "Com o solo neste estado não há condições de plantar, nem que quiséssemos. A terra simplesmente entra nos discos da plantadeira e inviabiliza o plantio", diz o produtor e presidente da Sociedade Rural, Adilson Berger. Ainda assim ele se mostra otimista. "Estamos em tempo. Apenas se as chuvas se prolongarem por mais dez dias é que começaremos a ter problemas sérios", informa. "Por enquanto o que se configura é apenas um tardio de safra". Dentre os problemas que mais preocupam os agricultores está a proliferação de fungos. Se as chuvas continuarem intensas até dezembro, além de perdas na colheita, os preços para o consumidor final devem subir, já que a oferta dos produtos será menor. O problema das chuvas também afeta a colheita de feijão e milho outros estados, como Mato Grosso e Goiás, mas por lá a produtividade ainda é alta, o que pode acabar estabilizando os preços por aqui.

"O grande problema do feijão é o consumo cada vez mais baixo. Já tivemos épocas em que a produção era bem maior, mas hoje os agricultores optam por outras culturas", afirma José Roberto Tosato, agrônomo do Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Deral/Seab). Ele não vê com pessimismo a situação do clima e sua influência sobre as lavouras. "A umidade é necessária para a germinação, e estamos tendo períodos de sol que colaboram para o crescimento das plantas. Não acredito que haverá problemas, já que a expectativa é de que as chuvas dêem uma trégua", diz.

 

Clima pode comprometer produção Tanto Berger quanto Tosato se mostram preocupados com o plantio da soja, que se inicia daqui a alguns dias. Para eles, se as chuvas persistirem, as expectativas de safra recorde podem acabar frustradas. "Os pequenos produtores não sentem tanto as conseqüências das chuvas, mas os que fazem o plantio direto, tecnificado, precisam de estabilidade no clima, como é o caso do plantio da soja", diz Berger.

Tosato tranqüiliza os produtores, lembrando que o zoneamento agrícola é determinado considerando justamente as condições climáticas de cada região. "Não temos nenhuma situação fora de controle. Um pouco a mais de chuva é normal. Todo ano acontece. Nossa expectativa é de que safra de milho e feijão sejam boas. A de soja pode não corresponder ao esperado se o clima não ajudar, mas também não será tão ruim", afirma.

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http://www.safranews.com.br

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