Manifesto reunirá 2 mil arrozeiros em Cachoeira do Sul (RS)

Publicado em 19/03/2010 14:43
Meta é sensibilizar o governo federal para a liberação de recursos aos arrozeiros que tiveram perdas graves com as enchentes. Muitos perderam toda a safra e a estrutura de produção

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), conjuntamente com a Federação da Agricultura do Estado (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), realizarão um manifesto neste sábado, a partir das 8h em Cachoeira do Sul (RS). O objetivo principal é sensibilizar o governo federal para o atendimento das demandas dos rizicultores que perderam, em alguns casos, toda a safra e sua estrutura de produção.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />

Depois de seis reuniões em Brasília e diversos outros contatos, ações políticas e setoriais, sem nenhum resultado prático, o setor de produção arrozeira do Rio Grande do Sul decidiu realizar uma manifestação pacífica às margens da BR 153, próximo da Ponte do Fandango, no acesso a Cachoeira do Sul, capital nacional do arroz e pólo da região Central, a que mais acumulou perdas na rizicultura com o fenômeno “El Niño” (50% de quebra). A meta é reunir cerca de 2 mil arrozeiros para pressionar a liberação de recursos pelo governo federal, demanda encaminhada há quase quatro meses.

 

 

Os arrozeiros pedem ressarcimento de R$ 2,5 mil por hectare perdido (R$ 175 milhões), mais R$ 30 milhões em financiamento de obras para reconstrução das estruturas perdidas com as enchentes, bem como rebate nos financiamentos de custeio e investimento. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) remeteu a projeto favorável para a Casa Civil, onde o processo travou, segundo os arrozeiros. Eles pretendem sair de Cachoeira do Sul já com uma audiência marcada com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, juntamente com o Ministério da Agricultura, Fazenda e Planejamento, para encaminhar a demanda. Renato Rocha, presidente da Federarroz, explicou que as perdas acumuladas pelos arrozeiros do estado representam um mês de consumo de arroz pela população brasileira.

Devem participar do evento, além dos arrozeiros, pelo menos 20 prefeitos da região e presidentes das Câmaras de Vereadores, deputados federais e estaduais, senadores, secretários de Estado e dirigentes das entidades da agricultura e pecuária do Rio Grande do Sul, como associações de arrozeiros, sindicatos rurais e instituições estaduais.

 

 

 

A MANIFESTAÇÃO

 

A partir das 8h, até as 14h, deste sábado, o quilômetro 387 da BR 153, na Várzea do Castagnino, próximo da ponte do Fandango, os arrozeiros estarão promovendo uma panfletagem, apresentando os motivos do movimento bem como suas demandas à comunidade regional. O manifesto será monitorado pela Polícia Rodoviária Federal. “Trata-se de um movimento ordeiro, pacífico, suprapartidário com o objetivo de marcar posição e mostrar à comunidade estadual a gama de prejuízos que advém das perdas da agricultura e na demora do governo federal em socorrer ao produtor”, avisa Rocha.

A partir das 10h, começarão os pronunciamentos de lideranças e autoridades presentes. Das manifestações será tirado um documento assinado pelos prefeitos, deputados e líderes setoriais solicitando agilidade no atendimento das demandas. Os produtores aproveitarão a manifestação para pedir, novamente, a liberação de contratos de opção para comercialização da safra que está sendo colhida, em razão do achatamento dos preços nos últimos 30 dias e edição da normativa complementar da IN 06.

 

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Fonte:
Federarroz

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