Março terminou com preços estáveis para o arroz

Publicado em 06/04/2010 09:01
Há mais de uma semana os preços vêm mantendo seus patamares próximos de R$ 27,00. Abril começou com alta de 0,7%.
O mês de março confirmou a tendência de queda de preços em pleno pico de safra, com a saca de 50 quilos desvalorizando 7,67%, segundo o indicador Cepea/Esalq – Bolsa de Mercadorias. A cotação do dia 31 de março foi de R$ 26,99 para a saca de arroz em casca, em média, no Rio Grande do Sul. A pressão pela baixa, no entanto, esteve concentrada nos 20 primeiros dias do mês. Nos terço final de março, os preços encontraram estabilidade na retração da oferta por parte do produtor – muito mais preocupado em colher do que comercializar -, na expectativa da liberação de recursos para contratos de opções pelo Governo Federal, e outros mecanismos.

O mercado também está bastante lento na relação indústria/atacadistas/varejistas. As grandes redes varejistas ainda trabalham forçando preços menores e a indústria está resistindo à pressão da maneira que pode, operando com ociosidade. Uma maior oferta de arroz velho está concentrada em algumas regiões, como a depressão central. Em outras regiões, apesar da entrada de arroz a depósito, os estoques de arroz “velho”, preferidos para o beneficiamento, são baixos. E isso regula também o fluxo de comercialização para o varejo.

Além disso, a safra gaúcha chegou aos 50% da colheita, segundo informações do Irga e da Emater/RS. Se isso pode sinalizar a aceleração da safra, por outro lado, mostra que daqui pra frente o arroz que entrar tende a ser de qualidade inferior, pois foi plantado fora de época. A produtividade média das lavouras tende a cair, arrastando para baixo a produtividade média obtida até agora, em torno de 7 mil quilos por hectare.

A expectativa é de que o Rio Grande do Sul colha entre 6,7 e 7 milhões de toneladas. Em Santa Catarina, que planta variedades de ciclos mais longos, no sistema pré-germinado, a safra já entra na reta final, pois foi toda plantada na época indicada. Reuniões do setor com o governo, esta semana, definiram nova expectativa de liberação de recursos para os produtores que tiveram perdas com o “El Niño”. A boa notícia é que o Banco do Brasil garantiu que em julho cada agência terá as normas e os recursos disponíveis para a liberação dos recursos de custeio da safra 2010/11.

Preços
Diante desse cenário, os preços praticados na semana no mercado livre se mantiveram entre R$ 26,90 e R$ 28,00 na maioria das praças gaúchas. Em Santa Catarina, preços médios entre R$ 27,50 e R$ 29,00, dependendo da região. O indicador Cepea/Esalq – Bolsa de Mercadorias, fechou o mês de março com 7,67% de desvalorização, com a saca cotada a R$ 26,99. Mas, o primeiro dia de abril já foi responsável por uma recuperação de 0,72%, com as cotações se elevando para R$ 27,18. Na semana a média foi de R$ 27,03, com alta de 0,2%. Em dólares, a média alcançou US$ 15,14, valorizando 1,2%.

A Corretora Mercado, de Porto Alegre (RS) indica no mercado livre gaúcho uma alta de 70 centavos na semana que passou, com a saca de arroz em casca de 50 quilos subindo de R$ 26,30 para R$ 27,00. O beneficiado, em sacas de 60 quilos (tipo 1) se manteve em R$ 52,00. Entre os derivados, queda: o canjicão e a quirera perdaram R$ 1,00 por saca, descendo para R$ 27,00 e R$ 21,00 respectivamente. A tonelada de farelo de arroz desvalorizou R$ 5,00, passando a valer R$ 240,00.
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Fonte:
Planeta Arroz

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