Preço médio do feijão de cor reage com a colheita

Publicado em 13/04/2010 08:45
Departamento de Economia Rural acredita que o preço médio do feijão deve ser manter na faixa de R$ 100 até o início de maio, quando inicia a colheita em Unaí (MG).

Com quase 40% da área colhida, o preço médio do feijão de cor ou carioca reagiu nos últimos dias no mercado regional. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a saca de 60 quilos já chega a R$ 100. Isso porque a oferta não é suficiente para suprir a demanda.

O engenheiro agrônomo do Deral, do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) em Ponta Grossa, José Roberto Tosato, explica que a reação do mercado acontece por não haver oferta de outras regiões do país. O preço médio de R$ 100 a saca de 60 quilos, aponta ele, deve permanecer nesse patamar até o final de abril e começo de maio. "A partir do começo de maio entra oferta de Unaí, em Minhas Gerais, que é uma das principais produtoras de feijão de cor do País e que abastece, entre outros mercados, a região Sul", diz.

Segundo Tosato, os produtores estão aproveitando para comercializar o produto que sai do campo, já que o feijão de cor não deve ser armazenado por mais de 10 dias, pois perde a qualidade. Os dados do Deral apontam que a área cultivada do feijão das secas ou 2ª safra - com predominância do feijão de cor - passou de 55 mil hectares na safra passada para 34 mil hectares neste ciclo, sendo que a produção deve totalizar 88,4 mil toneladas, ante 93,5 mil toneladas na safra passada. "Muitos produtores deixaram de cultivar o feijão em função dos baixos preços pagos e também por conta das condições climáticas que resultaram em prejuízos na safra anterior", aponta. Entre março e abril do ano passado a saca de 60 quilos do feijão de cor era cotada entre R$ 65 a R$ 80. Na safra passada a produção do feijão das secas sofreu por conta das estiagens registradas em novembro e dezembro do ano passado e pela falta de umidade para germinar e para o desenvolvimento vegetativo. "Nesta safra foi bastante diferente, já que o clima ajudou bastante, mas a produção será menor", conclui.

No Supermercado Tozetto, por exemplo, o preço do feijão chega hoje a R$ 2,09, o que significa um aumento de 10% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando custava R$ 1,78. O proprietário do estabelecimento, César Tozetto, observa, no entanto, que apesar da majoração, o preço do feijão com relação ao ano passado ainda está mais barato. No começo de março de 2008 valia R$ 2,40, cerca de nove dias após já era vendido a R$ 2,95 e um mês após reduziu para R$ 1,79. Já no mesmo período de 2008 o valor do feijão se manteve estável em R$ 2,95. "É possível notar que neste ano o preço do feijão está seguindo o sentido inverso do ano passado, quando os preços começaram o mês de março em alta e reduziram no mês de abril", conclui.

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Fonte:
JM News

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