Roraima: Arrozeiros arrendam terras para continuar plantio

Publicado em 15/04/2010 08:23 e atualizado em 02/03/2020 21:52

Um ano após saírem da área indígena Raposa Serra do Sol, os arrozeiros passam por dificuldades para tentar manter a produção, devido à perda de mais da metade da área de plantio. Os incentivos prometidos como as terras e a indenização das benfeitorias ainda não chegaram até eles.

Com a queda da produção do arroz, devido à desocupação das terras em áreas indígenas, os arrozeiros tiveram que buscar alternativas para suprir a perda do plantio.

- Toda a minha produção reduziu a 48%,isto é, perdi 52% de plantio quando deixei a área indígena. Com isso, diminuí a plantação do arroz irrigado. E, agora, ficou difícil a nossa situação, porque onde tinha terras em abundância e de qualidade, ficou tudo dentro da Reserva Indígena. -, explica Nelson Itikawa, presidente da Associação dos Arrozeiros de Roraima.

Uma das alternativas encontradas por Itikawa foi o arrendamento de terras, que faz onerar ainda mais a produção do arroz, devido ao fato de ser necessário um preparo na terra, como uma pulverização, para fazer o plantio.

- Tem colegas que pararam de produzir em Roraima, para buscar outras regiões do País. Nossas terras do Estado têm poucos lugares para realizar os plantios -, desabafa Itikawa.

O rizicultor Ivo Barili plantava 2 mil hectares, na área indígena Raposa Serra do Sol.Atualmente,produz apenas 500 hectares de arroz.Ele também alugou uma terra para continuar os trabalhos.

- Eu ainda espero as terras que prometeram para nós (rizicultores). A única forma que encontrei para continuar meu plantio foi arrendar outro local. O problema é que leva tempo, porque o local é inóspito, e é preciso abrir estradas, fazer drenagem, entre outros procedimentos. E, isto, leva dois anos. Para colher o produto, mais dois anos. E o custo é muito alto, sai mais caro que o terreno -, esclarece Barili.

Na Raposa Serra do Sol eram duas safras por ano, o que não ocorre em outras áreas, devido ao fato de produzirem, somente, no verão. Arroz comprado de outros estados para manter a distribuição, funcionários demitidos e rizicultores que não conseguem manter a produção como antes. Este é o quadro da situação dos produtores de arroz do estado.(

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Fonte:
Portal Amazônia

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