Clima favorece produção de grãos nos Campos Gerais/PR
Segundo o engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral), do núcleo regional da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) de Ponta Grossa, José Roberto Tosato, o clima foi favorável para o milho desde o início do plantio permitindo uma germinação uniforme e um bom desenvolvimento vegetativo. "Não faltou chuva nos períodos críticos, que incluem os períodos de floração e frutificação", explica. Somente na colheita, no mês de fevereiro, houve um excesso de chuva e alguns produtores colheram com elevada umidade. "A chuva registrada nos últimos dias não influência em nada a produtividade do milho que está assegurada. Ela apenas deixa a colheita impedida", diz. Nesta safra a área cultivada de milho deve chegar a 135 mil hectares - ante 186 mil no ciclo passado - com rendimento médio de 9,5 mil quilos por hectare. Segundo o Deral, ainda faltam colher 5% da área cultivada. "Houve queda de produtividade devido o período de estiagem que ocorreu em novembro e dezembro do ano de 2008 que afetou os períodos considerados críticos, como floração e frutificação", relata Tosato.
Já a soja - que teve um incremento na área cultivada neste ano - também foi favorecida pelo clima devido aos bons volumes de chuva. Somente em dezembro do ano passado foi constatado alguns focos de ferrugem asiática - principal doença que afeta a soja. "Os produtores tiveram que aumentar o número de pulverizações preventivas, mas mesmo assim afetou todas as lavouras", aponta. Em abril, a colheita ficou impedida por conta do excesso de chuva, o que reduziu em torno de 5 a 10% a produtividade inicial prevista. Apesar disso, o rendimento médio deve superar o do ano passado - quando ficou em 2,9 mil quilos por hectares - chegando a 3,250 mil quilos por hectares, com produção estimada de 1,5 milhão de toneladas.
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Assim como o milho e a soja, o clima também foi ideal para o feijão das águas ou da primeira safra. Segundo o Deral, apesar da redução na área cultivada, a produtividade ficou em torno de 2,1 mil quilos por hectare, com produção de 110 mil toneladas. Já com relação ao feijão da segunda safra ou das secas as perspectivas são de alta produtividade, com 2,4 a 2,7 mil quilos por hectare. Até agora 35% da área já foi colhida e a produção deve somar em torno de 90 mil toneladas.