Demora na divulgação de política para o trigo gera indefinição sobre plantio

Publicado em 06/05/2010 13:58

A demora na divulgação da política de incentivo ao trigo para a safra 2010/2011 está gerando uma indefinição entre os triticultores (produtores do cereal) quanto ao tamanho da área que plantarão. A avaliação está no oitavo levantamento da safra de grãos, divulgado hoje (6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Uma pesquisa preliminar feita pela estatal no final de abril indica que haverá redução considerável da área plantada com o cereal, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul, estados que concentram cerca de 90% da produção nacional. Deve haver uma definição por parte dos produtores nos próximos dias, já que o período ideal de semeadura está em vigor na maioria dos estados onde o trigo é plantado.

Segundo a Conab, a indecisão dos triticultores se dá pelo comportamento do mercado e do preço do cereal atual. “A comercialização da produção da safra 2009/10 está sendo realizada com lentidão por falta de compradores”, diz a pesquisa. Os preços da saca de 60 quilos é de aproximadamente R$ 31 no Distrito Federal e em Goiás, de R$ 24,10 na Região Sul e de R$ 35 em Minas Gerais.

A definição de uma política de incentivo à produção de trigo é mais uma queda de braço entre os ministérios da Fazenda e da Agricultura. Enquanto este defende que o Brasil deve produzir mais trigo e se aproximar da autossuficiência, aquele analisa se a importação não reduziria o preço final do produto, sentido pela população na hora de comprar o pão.

Na safra 2009/2010, o país produziu 5 milhões de toneladas de trigo. O consumo interno, entretanto, é superior a 10 milhões de toneladas. No início do mês passado, terminou uma consulta pública para definir novos parâmetros para o setor. A nova política esperada pelos triticultores, porém, ainda não foi anunciada.

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Fonte: Agência Brasil

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