Demora na divulgação de política para o trigo gera indefinição sobre o plantio

Publicado em 07/05/2010 08:39
A demora na divulgação da política de incentivo ao trigo para a safra 2010/2011 está gerando uma indefinição entre os triticultores (produtores do cereal) quanto ao tamanho da área que plantarão. A avaliação está no oitavo levantamento da safra de grãos, divulgado hoje (6/5) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Uma pesquisa preliminar feita pela estatal no final de abril indica que haverá redução considerável da área plantada com o cereal, principalmente no Paraná e no Rio Grande do Sul, estados que concentram cerca de 90% da produção nacional. Deve haver uma definição por parte dos produtores nos próximos dias, já que o período ideal de semeadura está em vigor na maioria dos estados onde o trigo é plantado.

Segundo a Conab, a indecisão dos triticultores se dá pelo comportamento do mercado e do preço do cereal atual. “A comercialização da produção da safra 2009/10 está sendo realizada com lentidão por falta de compradores”, diz a pesquisa. Os preços da saca de 60 quilos é de aproximadamente R$ 31 no Distrito Federal e em Goiás, de R$ 24,10 na Região Sul e de R$ 35 em Minas Gerais.

A definição de uma política de incentivo à produção de trigo é mais uma queda de braço entre os ministérios da Fazenda e da Agricultura. Enquanto este defende que o Brasil deve produzir mais trigo e se aproximar da autossuficiência, aquele analisa se a importação não reduziria o preço final do produto, sentido pela população na hora de comprar o pão.

Na safra 2009/2010, o país produziu 5 milhões de toneladas de trigo. O consumo interno, entretanto, é superior a 10 milhões de toneladas. No início do mês passado, terminou uma consulta pública para definir novos parâmetros para o setor. A nova política esperada pelos triticultores, porém, ainda não foi anunciada.

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Fonte: Correio Braziliense

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