Área de trigo 3% maior na região de Campo Mourão/PR
Segundo os técnicos da Seab, no ano passado foram 109 mil hectares plantados e este ano, os números devem ficar em 112 mil e 500 hectares. Apesar do crescimento, as perspectivas para os agricultores não são muito positivas. Para os especialistas, esse será mais um ano de comercialização complicada, com larga oferta de trigo no mundo. Em abril, os produtores paranaenses receberam, em média, R$ 23,09 pela saca de 60 quilos, valor 19% inferior aos R$ 28,46 de abril de 2009.
Em Campo Mourão, o trigo está fora de mercado, o produtor só consegue comercializar a produção pelo preço mínimo e quando o governo faz algum programa de compra, os chamados PEP’s (Prêmios de Escoamento da Produção). Um dos principais problemas é que ainda está sendo comercializada a produção da safra passada. Para esta safra, os técnicos calculam um rendimento médio de 2.500 quilos por hectare para a região.
Milho
Um dos motivos apontados pela Seab para o crescimento da área plantada foi a queda na área de milho safrinha. Segundo a Seab, a queda fica em quase 28%. Com o preço mais baixo, o produtor está optando pelo trigo, que apesar de estar fora do mercado conta com o apoio do governo. O milho no ano passado era vendido a R$17,80. Este ano está sendo comercializado a R$13,60.
Números divergem
Apesar dos números da Seab para a região apontarem crescimento, segundo a assessoria de imprensa da Coamo, na área atendida pela Cooperativa, a queda chega a 11%. No Paraná, a queda é ainda maior, chega a 16%. O Estado, que é o maior produtor do cereal do País, deve cultivar 1,102 milhão de hectares. Para o engenheiro agrônomo da Seab, Otmar Hubner, que acompanha o mercado do trigo, como o mês de maio concentra o plantio ainda há uma possibilidade de reversão desses números.
O Paraná já cultivou 25% da área estimada para a safra 2010. As chuvas da última semana na Região Sul afastaram a preocupação com a estiagem e, com o solo mais úmido, foi possível retomar os trabalhos. Em algumas áreas do Estado, as chuvas chegaram a “lavar” o terreno, mas não há notícias de replantio.
Garantias
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou na semana passada que deve gastar R$ 276,7 milhões no mês de maio na compra de 256 mil toneladas de trigo, milho e café para formação de estoque público. Os recursos são da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), aprovados pela comissão interministerial formada pelos ministérios da Fazenda, Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Banco do Brasil. As operações utilizam os mecanismos da Aquisição do Governo Federal (AGF) e os Contratos de Opção.
Para AGF estão destinados R$ 116 milhões que serão usados na compra de 67,9 mil toneladas de trigo no Rio Grande do Sul e 51,6 mil toneladas no Paraná; além da aquisição de 41,2 mil toneladas de milho no Paraná, 36,4 mil toneladas em Goiás, 17,1 mil toneladas em São Paulo e Mato Grosso do Sul e 12 mil toneladas em Minas Gerais.
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