Argentina: Falta de fertilizantes complicará o trigo

Publicado em 07/06/2010 08:21
Embora os produtores tenham aplicado pouca tecnologia, os insumos de primavera estão em risco
Os cortes de gás às indústrias complicam as diversas atividades, entre elas a agropecuária, justo no início de uma campanha de trigo, que se espera que seja muito melhor que a última – a pior dos últimos cem anos-, e que fique entre 12 e 15 milhões de toneladas de produção.

O corte na atividade das fábricas de insumos para a semeadura, como fertilizantes, é seguido de atenção por parte dos produtores que decidiram apostar no trigo, apesar da intervenção estatal do Secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, nesse mercado, que cumpre 5 campanhas ininterruptas.

A semeadura do trigo teve início há alguns dias com um ritmo desigual e poucos são os que acreditam nas palavras do Ministro da Agricultura, Julián Domínguez, de que em dezembro haverá mais de 12 milhões de toneladas de produção. Nas tarefas de preparação do solo, como em todos os anos, os produtores aplicaram fósforo como fertilizante e alguns combinaram ainda com uréia granulada, o principal insumo que se aplica no cereal.

No entanto, pelas incertezas do mercado e o fechamento quase permanente das exportações para o cereal, que gera distorções nos preços pagos ao produtor, boa parte dos agricultores optou este ano, como nos anteriores, em aplicar o fósforo antes da semeadura e esperar a primavera para colocar a uréia.
“Até a semana passada não houve problemas em conseguir fertilizantes, mas com os cortes à indústria o panorama pode se complicar”, comentaram os produtores das principais regiões de trigo.

A escassez de fertilizantes, em especial o fósforo e a uréia, já foi sentida no segundo semestre de 2007 e 2008, justamente depois que se registraram cortes de gás às grandes indústrias, para proteger o consumo domiciliar.
Em 2008, quando as commodities agrícolas tiveram valores recordes a nível internacional, os fertilizantes e herbicidas quase triplicaram seu valor em dólares, potencializando a escassez local desses insumos. Até o governo analisou um acordo para importar fertilizantes nesse momento, que a mesa de aliança agropecuária classificou como “um remendo”. No ano passado, a situação não se repetiu por causa da crise financeira internacional e a forte seca que castigou a produção agropecuária argentina.

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Fonte:
O Cronista, da Argentina

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