Leilões da Conab não conseguem baixar o preço do feijão
Os dois leilões de feijão da Companhia Nacional de Abastecimento, ocorridos no dia 20 de maio, que tinham por objetivo colocar mercadoria estocada em circulação e, assim, aumentar a oferta do produto pressionando os preços para baixo, não surtiram o efeito desejado. Nos eventos realizados naquela data, foram arrematadas tão somente 92 toneladas de feijão (1,2%) de um total de 9 mil toneladas ofertadas.
Segundo Marcelo Eduardo Lüders, Presidente do Conselho Administrativo do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe), quando a CONAB anunciou a venda de feijão nota 6 por R$ 90,00, quem estava com o produto a R$ 70,00 aumentou seu preço para R$ 100,00. Para o dirigente, o mercado está entendendo que o feijão de cor nota 6 nas mãos do governo não vale mais que R$ 60,00, daí a total falta de interesse na aquisição do produto.
"Parece que somente a estatal do governo federal não percebe a realidade atual do mercado, eis que os editais de resultado da oferta de feijão que aconteceu no último dia 27 revelaram que não houve qualquer manifestação de interesse na compra da leguminosa. Se quiser obter sucesso em sua pretensão de intervir no mercado com o objetivo de desonerar o consumidor final, a CONAB deverá mudar sua estratégia e diminuir significativamente o preço do feijão ofertado", avalia Marcelo Eduardo Lüders.
Quanto ao comportamento do mercado atacadista, a 2ª quinzena de maio revelou estabilidade nos preços dos feijões carioca comercial (nota 8) e preto extra, que mantiveram seus preços médios, por saca de 60Kg, em cerca de R$ 130,00 e R$ 100,00, respectivamente. A exceção ficou por conta do feijão carioca especial (nota 8,5) que iniciou o período com preço médio de R$ 152,50 por saca de 60 Kg e encerrou a quinzena com preço médio de R$ 137,50 (queda de 10%). Em Minas Gerais, na região de Unaí, os preços do feijão carioca pagos ao produtor se situaram, na quinzena, entre R$ 100,00 e R$ 150,00.
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