PR: Clima favorece e safra do Estado cresce

Publicado em 09/06/2010 08:16
A boa previsão da segunda safra do milho está mantendo o Paraná como o principal responsável pela produção de grãos no País, mesmo com uma estimativa de redução na produção de trigo.

Os levantamentos agrícolas de maio, divulgados ontem, simultaneamente, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dão conta de uma safra de 30,7 milhões a 31,15 milhões de toneladas de grãos, no período 2009/2010.

Com as safras quase finalizadas, as expectativas agora se voltam ao início das culturas de inverno e à comercialização das produções de milho e trigo, principalmente.

No caso do milho, houve redução na área plantada devido aos baixos preços no mercado, mas a produção aumentou. A segunda safra do produto, também conhecida como safrinha, foi plantada em 1,346 milhão de hectares de terra, no Estado, este ano. Em 2009, a área chegou a 1,514 milhão.

Porém, a produção saltou de 4,578 milhões para 5,787 milhões de toneladas - um aumento de 26,4%, atribuído principalmente às melhores condições das lavouras.

De acordo com o diretor do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Francisco Carlos Simioni, a comercialização do produto deve sofrer impactos, a curto prazo, dos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) que começaram a ser promovidos pela Conab no final do mês passado. Segundo ele, o produto está sendo cotado entre R$ 14 e R$ 14,50. “É um valor próximo ao mínimo”, explica.

Já o trigo, apesar de continuar a preços muito baixos no mercado, deve quase recuperar, este ano, a perda de 17,2% na produção da última safra. A expectativa da Conab, por exemplo, é de que, apesar de uma queda de 15,2% na área plantada, no Paraná, a produção no período 2010/2011 seja 16,3% maior, chegando a 2,95 milhões de toneladas - perto dos 3,07 milhões produzidos há dois anos, mas menor que a estimativa do mês passado.

Simioni lembra que os preços do trigo continuam abaixo do valor mínimo, o que desanima os produtores e ajuda a explicar a forte redução na área plantada. “A oferta mundial abundante do produto, maior que a demanda, está pressionando os preços para baixo”, esclarece, lembrando que o câmbio favorável às importações ajuda a piorar a situação dos produtores nacionais.

País

A falta de chuvas no Nordeste, que prejudicou as culturas do milho e do feijão, e a redução das áreas de trigo plantadas no Rio Grande do Sul e no Paraná fizeram o IBGE reduzir a estimativa da safra brasileira para este ano.

O levantamento de maio do IBGE aponta uma safra nacional de 145,8 milhões de toneladas, ante 146,5 milhões previstos no mês passado. O instituto reduziu a previsão da produção de trigo em 8,2% ante a perspectiva divulgada em abril, principalmente no RS e no PR, maior produtor.

Na avaliação do gerente de pesquisas agrícolas do IBGE, Mauro Andreazzi, é possível que o instituto volte a revisar o número para cima. “Vai depender do mercado do feijão e do trigo, culturas que ainda há tempo de plantar. É necessário haver uma garantia de preço mínimo, pois é uma atividade de risco”.

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Fonte:
Paraná Online

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