Preço do trigo anima produtores
No Estado que mais produz trigo no país, até algumas semanas atrás, só o que se via era agricultor desanimado na hora do plantio.
"Nós só plantamos uma área de trigo este ano ainda, porque não tínhamos opção de inverno. Nenhuma cultura era viável economicamente, como o trigo que também não era. Mas acabamos plantando, pois era a de menor risco", diz o agricultor Modesto Daga.
Tanto que, nesta safra, as plantações de trigo ocuparam menos espaço no Paraná: 1 milhão 145 mil hectares, redução de 13% em relação ao ano passado. Agora que o início da colheita está próximo, uma reviravolta no mercado internacional devolveu o ânimo aos produtores.
No Paraná, o plantio terminou em julho e as primeiras lavouras já começam a ser colhidas nos próximos dias. Apesar de ser uma cultura sensível, por enquanto, o clima está colaborando e o trigo se desenvolve bem.
Para completar o mercado internacional vem desenhando um cenário otimista, o que traz esperança aos agricultores do Brasil.
Nas bolsas, o preço decolou. O Presidente da Cooperativa de Cascavel (COOPAVEL), Dilvo Grolli, diz que a valorização fora do país pode refletir diretamente no preço para os produtores brasileiros.
"Os moinhos que compraram muito trigo, através do programa do governo, já estão terminando os seus estoques no final deste mês de agosto. A partir de setembro, os moinhos vão começar a comprar o trigo. Nós vamos encontrar um preço muito alto no mercado internacional e o trigo colhido no mercado nacional será de boa qualidade. É um bom momento para o produtor neste mês de setembro. Bem diferente da safra de 2009".