Paraguai e Uruguai podem ajudar a impedir alta do preço do trigo no Brasil

Publicado em 13/08/2010 08:07 e atualizado em 13/08/2010 08:58
Importações brasileiras dos dois países dobraram nos últimos três anos.
Com a recente alta na cotação do trigo do mercado internacional, os vizinhos Paraguai e Uruguai podem ser alternativas viáveis para conter o avanço do preço de derivados por aqui, especialmente do macarrão e do pão. Nos últimos três anos, o Brasil dobrou a importação de trigo vindo do Paraguai e Uruguai. Ou seja, esses dois países podem ajudar a suprir parte da necessidade do mercado brasileiro por trigo.

A informação é do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral. Para o secretário, os dois países podem representar uma saída à recente alta do produto, provocada pela seca que atingiu as regiões produtoras de trigo na Europa nas últimas semanas.

De acordo com dados do ministério, em dois anos a importação de trigo do Uruguai cresceu sete vezes, passando de R$ 49,79 milhões (US$ 28,15 mi), em 2007, para R$ 371,13 milhões (US$ 209,80), em 2009. No primeiro semestre de 2010, a compra do grão Uruguai já soma R$ 215,11 (US$ 121,60 mi).

Do Paraguai, o Brasil importou nos primeiros sete meses deste ano R$ 96,65 milhões (US$ 54,64 mi). De 2007 a 2009, a compra do trigo paraguaio aumentou em quase cinco vezes, saltando de R$ 62,28 milhões (US$ 35,21 mi) para R$ 294,80 milhões (US$ 166,65 mi).

Trigo argentino

Segundo o sindicato da indústria do trigo no Rio de Janeiro e Espírito Santo, a tonelada do trigo do principal parceiro comercial do Brasil, a Argentina, passou de R$ 414 (US$ 230) para R$ 594 (US$ 330) de 15 de julho para cá.

- A Argentina é o principal fornecedor do Brasil, mas o preço do trigo evidentemente equivale à cotação internacional, que foi afetado mais recentemente pela seca na Rússia e afeta todos os preços mundiais.

Segundo dados da Abitrigo, o Brasil produz apenas 5 milhões das 11 milhões de toneladas de trigo consumidas por ano. Do total importado, 60% vêm do Mercosul, especialmente da Argentina que, em 2009, respondeu por 6,7 milhões de toneladas.

Este número, no entanto, já foi bem maior. Três anos atrás, os argentinos venderam 15 milhões de toneladas ao Brasil. A queda que se deve às políticas do governo daquele país para o setor que, em nome do abastecimento interno, tributa as exportações do grão em 28% e ainda impõe limites para as vendas externas.

Não apenas Uruguai e Paraguai podem ajudar a frear a alta do preço do grão no Brasil. Segundo Welber Barral, o Brasil tem adotado políticas agrícolas que visam o aumento da produção nacional e a substituição da importação.

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Fonte:
Portal R7

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2 comentários

  • manasses fabricio dos santos juranda - PR

    Não entendo porque o governo reclama de subsídeo que o agricultor americano recebe do governo ,se aqui é ele mesmo que tira o pão da nossa boca e da à ´´los hermanos & cia``. É como passarinho chocando ovo de chupim ou galinha que abriga pintainhos alheios.

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  • José Roberto de Menezes Londrina - PR

    Não há limites para as estratégias do Governo e Industrias (inclusive as Cooperativas Agroindustriais) para tomarem de assalto as poucas oportunidades do triticultor e consequentemente limitar o desenvolvimento da triticultura brasileira. Proibir as oportunidades dos triticultores é uma questão de honra para os Governos da esquerda da USP (PSDB) e esquerda do ABC (PT). E lá se foram, 16 anos de atraso para a triticultura brasileira.

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