Produtividade menor do feijão irrigado no Centro-Oeste poderá elevar preços
A avaliação é do analista Vlamir Brandalizze. A colheita está avançada na região e essa quebra de produtividade vai provocar alta nos preços, segundo ele. Tradicionalmente, os produtores do Centro-Oeste colhem 50 sacas por hectare.
Negociado a R$ 150 por saca há algumas semanas, o feijão caiu para até R$ 80 no final de julho, quando houve uma intensificação da safra. Na semana passada, devido a essa quebra de produtividade em algumas regiões, a saca do produto já era negociada entre R$ 85 e R$ 90. Ontem, os produtores já recusavam de R$ 95 a R$ 100, diz Brandalizze.
Segundo o analista, a produção nacional deverá ficar próxima de 3,15 milhões de toneladas, para um consumo de 3,3 milhões. Crescimento da economia e renda maior elevam o consumo.
A previsão de safra da CONAB indica produção maior: 3,32 milhões de toneladas.
Nos dados de acompanhamento de safra divulgados neste mês, o órgão já indica pequena retração em relação aos números de julho.
Mercado de etanol aquecido
O mercado de álcool hidratado da BM&FBovespa negociou 287 contratos ontem, entre futuros e opções. É o maior volume negociado em um único dia desde o lançamento do contrato, há 13 semanas.
Acumulado Neste mês, foram negociados 1.070 contratos, 46% mais do que em igual período de julho. Já o preço do hidratado na usina caiu 0,32% na semana, segundo o Cepea. O litro recuou para R$ 0,8384.
Em alta (milho)
Apesar da previsão de safra de 339,5 milhões de toneladas de milho nos Estados Unidos, conforme divulgou na quinta-feira o Usda, o produto subiu 1,35% ontem na Bolsa de Chicago.
Carne suína tem o maior preço em 13 meses em SPA demanda interna aquecida está dando sustentação aos preços da carne suína. O mercado paulista efetuou negócios ontem a até R$ 56 por arroba. Na média, os negócios ainda giram a R$ 54,50.
Ao atingir esse preço médio, a carne suína registra o maior valor de negociação desde o final de junho do ano passado, conforme acompanhamento de mercado feito pela Folha.
A elevação dos preços ocorre principalmente porque o aumento de consumo deve se ajustar a uma oferta menor de animais que os frigoríficos têm para o abate neste ano.
Esse cenário só não se agrava mais ainda porque as exportações não estão aquecidas. Mesmo com a recuperação dos preços médios internacionais, as vendas externas recuaram em volume.