Produtividade menor do feijão irrigado no Centro-Oeste poderá elevar preços

Publicado em 15/08/2010 11:04

A produção de feijão na região Centro-Oeste está surpreendendo e registrando queda na produtividade. Apesar de usar grande tecnologia no cultivo do produto, os agricultores dessa região estão obtendo de 38 a 42 sacas por hectare.A queda se deve a um clima pouco favorável no período do desenvolvimento da lavoura, que provocou, inclusive, redução no tamanho dos grãos.

A avaliação é do analista Vlamir Brandalizze. A colheita está avançada na região e essa quebra de produtividade vai provocar alta nos preços, segundo ele. Tradicionalmente, os produtores do Centro-Oeste colhem 50 sacas por hectare.

Negociado a R$ 150 por saca há algumas semanas, o feijão caiu para até R$ 80 no final de julho, quando houve uma intensificação da safra. Na semana passada, devido a essa quebra de produtividade em algumas regiões, a saca do produto já era negociada entre R$ 85 e R$ 90. Ontem, os produtores já recusavam de R$ 95 a R$ 100, diz Brandalizze.

Segundo o analista, a produção nacional deverá ficar próxima de 3,15 milhões de toneladas, para um consumo de 3,3 milhões. Crescimento da economia e renda maior elevam o consumo.

A previsão de safra da CONAB indica produção maior: 3,32 milhões de toneladas.

Nos dados de acompanhamento de safra divulgados neste mês, o órgão já indica pequena retração em relação aos números de julho.

Mercado de etanol aquecido

O mercado de álcool hidratado da BM&FBovespa negociou 287 contratos ontem, entre futuros e opções. É o maior volume negociado em um único dia desde o lançamento do contrato, há 13 semanas.

Acumulado Neste mês, foram negociados 1.070 contratos, 46% mais do que em igual período de julho. Já o preço do hidratado na usina caiu 0,32% na semana, segundo o Cepea. O litro recuou para R$ 0,8384.

Em alta (milho)

Apesar da previsão de safra de 339,5 milhões de toneladas de milho nos Estados Unidos, conforme divulgou na quinta-feira o Usda, o produto subiu 1,35% ontem na Bolsa de Chicago.

Carne suína tem o maior preço em 13 meses em SP

A demanda interna aquecida está dando sustentação aos preços da carne suína. O mercado paulista efetuou negócios ontem a até R$ 56 por arroba. Na média, os negócios ainda giram a R$ 54,50.

Ao atingir esse preço médio, a carne suína registra o maior valor de negociação desde o final de junho do ano passado, conforme acompanhamento de mercado feito pela Folha.

A elevação dos preços ocorre principalmente porque o aumento de consumo deve se ajustar a uma oferta menor de animais que os frigoríficos têm para o abate neste ano.

Esse cenário só não se agrava mais ainda porque as exportações não estão aquecidas. Mesmo com a recuperação dos preços médios internacionais, as vendas externas recuaram em volume.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Vaivem (FSP)

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário