Estiagem no Sul e no Sudeste provoca alta no preço do feijão
O secretário informou que a Bahia, que desempenha um papel importante na produção de feijão no cenário nacional, enfrentou problemas climáticos de duas naturezas distintas. Segundo ele relatou, o Estado sofreu com a estiagem no final do ano passado e início de 2010, prejudicando sensivelmente a produção da região de Irecê. “Depois, no inverno, tivemos excesso de chuvas no nordeste do estado, importante região produtora na segunda safra, fazendo com que houvesse perda de produtividade, além de prejudicar a qualidade do produto”.
De acordo com os dados da Seagri, (Conjuntura Econômica/SPA), na Bahia, a primeira safra, aquela colhida no primeiro semestre, também conhecida como safra de verão, sofreu redução de 9,54%, comparada com a colheita do ano passado. A segunda safra, ou safra de inverno, que é colhida no segundo semestre, sofreu perdas significativas, mas a dimensão exata só será conhecida na próxima semana, visto que os técnicos da Seagri estarão concluindo o levantamento que está sendo realizando no campo. Porém, para se ter uma idéia, na microrregião de Ribeira do Pombal, região mais importante na safra de inverno, as informações atuais apontam para uma perda de produção de 55%, em comparação à previsão de safra no início do plantio em maio.
A conjunção dos fatores citados implicou em queda na safra nacional de 9%, conforme levantamento do IBGE em agosto, mas, por certo, esse percentual será mais elevado no levantamento no final de setembro. Como reflexo da redução da produção, o preço do feijão está enfrentando uma alta generalizada, não só na Bahia, mas em todos os grandes centros urbanos do Brasil.
De janeiro a setembro deste ano, o preço da saca 60 kg do feijão carioquinha saiu de R$ 50,00 para R$ 160,00 em Irecê, ou seja, uma alta de 220%, sendo a mesma variação verificada em Adustina. Em Barreiras, a alta foi de 245,46 %, saindo R$ 55,00 para R$ 190,00.