Plantio do arroz é incentivado em MT
De acordo com Magri, havia uma informação equivocada de que no Brasil o arroz é uma cultura secundária, que felizmente está sendo desmistificada. Além de ocupar papel importante na cesta básica do brasileiro, o grão está se solidificando comercialmente, inclusive como produto de exportação. Levantamentos indicam que é possível trabalhar a rizicultura de forma sustentável.
O Brasil tem produzido arroz em escala comercial em dois agrossistemas: várzea e terras altas. Em função de algumas características, a planta tem melhor desenvolvimento e potencial produtivo em sistemas em que o solo permanece úmido. Dessa forma, o arroz produzido nas várzeas até pouco tempo tinha a preferência. Atualmente, os grãos plantados em terras altas praticamente se igualaram aos das várzeas em relação aos aspectos qualitativos. Assim, os preços têm sido similares, motivo pelo qual o cultivo de arroz em Mato Grosso passou a ser bastante viável de uns tempos para cá.
Os municípios do Vale do Araguaia, região Sul e da Grande Sinop, são os que produzem arroz de maior qualidade no Estado. Contudo, os produtores acabam comercializando a maior parte do produto para estados vizinhos como Goiás, por exemplo, fato que foi um dos temas das discussões no Seminário já que o objetivo é aumentar internamente o consumo do arroz produzido. Segundo o pesquisador, há estudos que informam que 49% das pessoas compram arroz pela marca comercial e, como a maioria do produto vendido aqui sempre veio de estados da região Sul do país, as marcas do arroz produzido no Estado acabam não sendo prestigiadas.
Um dos motivos é instabilidade na produção em Mato Grosso. O produtor rural tem que ser convencido da boa qualidade do produto local e incentivado a investir na cultura. As principais variedades de arroz produzidas em Mato Grosso são primavera, cambará, BRS sertaneja, BRS pepita e BRS monarca. O plantio geralmente é feito no início de dezembro e a colheita em abril.