Produtor do Sul semeia arroz de olho no câmbio

Publicado em 07/10/2010 07:56
O produtor gaúcho de arroz já semeou 20% da área que será destinada ao produto nesta safra 2010/11. O clima é bom e o plantio avança, mas os produtores estão de olho no câmbio.

A valorização do real inibe exportações e facilita importações. Além disso, coloca o custo (em dólares) de produção dos brasileiros entre os maiores da América Latina.

Cálculos feitos pelo Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz) apontam custos de US$ 2.200 por hectare no Sul, valor superior aos US$ 1.600 dos uruguaios e aos US$ 1.300 dos argentinos.

Maurício Fischer, presidente do Irga, diz que os custos são elevados também em reais. O custo de produção é de R$ 29 por saca e as vendas ocorrem próximas de R$ 26.

A valorização do real, além de retirar o produto brasileiro de mercados que o país vem conquistando nos últimos anos, permite a importação de produto até dos Estados Unidos, onde os custos de produção estão em US$ 1.300 por hectare, diz Fischer.

Os preços internacionais estão bons e o Brasil estaria competitivo se o dólar tivesse permanecido em R$ 1,80, analisa Fischer. Com isso, as exportações de fevereiro a setembro estão em 350 mil toneladas, mas as importações já somam 550 mil.

Maior produtividade

O lado bom é que a produtividade é cada vez mais crescente. Com o constante acréscimo de tecnologia na produção, a produtividade média dos gaúchos está próxima de 7.000 quilos por hectares. A meta é chegar em breve a 8.000 quilos, diz o presidente da entidade.

As estimativas do Irga são de uma produção entre 7,5 milhões e 8 milhões de toneladas nesta safra. "Vai depender do clima."

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Fonte:
Folha de São Paulo

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