Governo acena com o PEP para o arroz
O encontro aconteceu no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e contou com a presença, além de Farnese, dos ministros adjuntos da Fazenda, Gilson Bittencourt, e do MDA, Daniel Maia. Da parte dos arrozeiros, estiveram presentes, representando a Federarroz, o presidente da Federarroz, Renato Rocha, o vice-presidente da Planície Costeira Interna à Lagoa dos Patos, Daire Coutinho, o vice-presidente de Mercados, Marco Aurério Tavares, além do diretor comercial do Irga, Rubens Silveira e o representante das Indústrias Vilmondes Olegário.
Renato Rocha defendeu a aplicação imediata dos mecanismos para assegurar condições de operação do mercado acima dos preços mínimos, bem como registrou a insatisfação dos produtores com a demora na aplicação das medidas. “Estamos há mais de um mês com preços abaixo do preço mínimo no Rio Grande do Sul, situação em que o Governo já deveria ter liberado algum mecanismo, pois é sua obrigação garantir pelo menos o preço mínimo, o que lamentavelmente não tem feito, apesar de toda nossa insistência, resultando em desgaste do Governo. Nossa expectativa era já sair da reunião com os mecanismos garantidos e prontos para entrar em execução”, reclama. Segundo ele, nas atuais condições, uma parcela significativa dos produtores não tem condições de fazer frente aos compromissos econômicos.
A reunião também serviu para dar início às tratativas para que nos próximos 60 dias sejam definidos quais os mecanismos e o volume de recursos que será destinado à comercialização do arroz no Orçamento da União para a safra 2010/11. A Federarroz protocolou solicitação de R$ 1,5 bilhão para atender a demanda do Rio Grande do Sul, que representa 60% da produção brasileira. O Ministério da Fazenda também acenou com algumas alterações propostas ao Produsa, programa de socorro aos produtores atingidos pelas enchentes na safra passada e que ainda não permitiu acesso ao crédito em razão da burocracia. “Os representantes do governo reconheceram que é preciso facilitar algumas exigências”, explicou Rocha. Segundo ele, a Fazenda ficou de encaminhar ao BNDES e ao Conselho Monetário Nacional alterações para facilitar o acesso aos produtores, que tem prazo de adesão até 20 de dezembro.