Trigo: Produtores preparam nova redução na área de plantio
Ele e dezenas de outros produtores participaram, na semana passada, em Campo Mourão, do seminário “O futuro do trigo”, promovido pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) em parceira com a Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e com o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). “Estamos discutindo na Faep como contornar um problema que tem se tornado recorrente, que é a questão da comercialização e o seguro agrícola. A princípio, estamos numa encruzilhada”, frisou o economista da Faep Pedro Loyola.
Abbas Ali Ayoub, que cultiva trigo há 35 anos, plantou 43,56 hectares neste ano, colheu uma média 41,32 sacas/ha, mas pretende parar de plantar. “O agricultor não tem bola de cristal para cultivar um tipo de variedade e colher o que o governo quer. Do jeito que está não estamos tendo lucro e ainda vamos ter de arcar com mais prejuízos. Uma coisa é certa, os produtores de trigo vão desaparecer”, reclama. “Não temos variedades para produzir o que o governo quer. Já comprei o adubo, mas, se a nova regra começar a vigorar a partir do próximo ano, não vou mais plantar”, concorda Getulio Ferrari.
Telmo Heinen Formosa - GO
A mais sábia decisão que o agricultor pode tomar é falar a linguagem do seu interlocutor, no caso as autoridades governamentais. Segurança alimentar não pode depender apenas do mercado, o Estado deve assegura-la. Por causa da impessoalidade do Governo, ele só entende a linguagem da prateleira ou gôndola do Supermercado. Escasseou? Reagiu....! Devemos usar esta linguagem constantemente pois o Governo não age, só reage!