As farinhas tem desempenho diferente, conforme o tipo e a disponibilidade

Publicado em 28/02/2011 09:58
Embora muito anunciado e desejado, o aumento dos preços das farinhas ainda não chegou no mercado à vista. A razão é que as indústrias estão comprando pouco, tentando deixar a ansiedade para o lado vendedor, com a aproximação do final do mês e a necessidade de fazer caixa para pagar as contas. Assim, nesta semana, os preços se mantiveram não muito distantes dos da semana anterior.

No que se refere à farinha comum, farinha comum, por exemplo, houve negócios a R$ 37,00, pagto 35 dias, em São Paulo, quando o preço seria R$ 40,00. Farinha semolada, com 0,62% de cinzas, que vinha sendo negociada a R$ 42,00, teve negócios a R$ 40,00 para entrega a vista, mas também foi negociada a R$ 43,00 para entrega em março, um aumento de 2,38% já incorporado para o próximo mês. A farinha de panificação, que vinha sendo negociada a R$ 48,00, foi negociada nesta semana a R$ 49,00. Já a farinha para massa seca, que vinha sendo negociada a R$ 44,00, foi negociada entre R$ 46,00 para entrega imediata e R$ 48,00 para entrega em março, um aumento de 9,09%. A farinha para massa fresca já incorporou um aumento de 3,34% para R$ 62,00, contra R$ 60,00 até a semana passada; contudo, a tabela para março deste tipo de farinha já está assinalando R$ 68,00/saca. A farinha argentina 000 manteve seu preço inalterado em R$ 48,00 e teve o preço levemente rebaixado para uma faixa entre R$ 57,00 e R$ 59,00, contra o preço anterior de R$ 60,00, ajudado pela queda do câmbio. As pré misturas no estado de São Paulo, dos moinhos para os distribuidores (não destes para as padarias) está em R$ 25,00 a curta e R$ 27,00 a longa. Para as padarias deve-se acrescentar cerca de R$ 6,00 ou R$ 7,00 a mais em São Paulo e no Rio de Janeiro.

No mercado distribuidor os preços das farinhas se mantiveram inalterados, por dois motivos: a) de um lado, há excesso de estoques de farinha especial no mercado e isto por si só gera necessidade de vendas e um leilão às avessas, desvalorizando os preços; b) por outro lado, os consumidores começam a reclamar dos aumentos dos subprodutos na ponta do consumo, reduzindo as compras. Este movimento afeta toda a cadeia de comercialização do trigo, para trás, porque trava o fluxo dos estoques, que se acumulam, geram prejuízos financeiros e levam as empresas a baixar os preços.

Por isso, continua o dilema dos moinhos, que tem que pagar preços cada vez mais caros pela matéria prima (só nesta semana o preço do trigo teve um aumento de 10%), mas tem o seu principal produto, a farinha especial, que abrange mais de 65% das vendas, com preços de estáveis a mais baixos.

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Fonte: Trigo & Farinhas

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