Governo federal libera mais R$ 360 milhões para conter crise de preços do arroz

Publicado em 29/03/2011 10:23
Setor arrozeiro acha que medida é insuficiente, pois não contempla credenciamento de armazéns.
O governo federal anunciou nessa segunda, dia 28, mais medidas de apoio aos produtores de arroz da região Sul. Vão ser lançados leilões de opções pública e privada para permitir a comercialização de até um milhão de toneladas do grão.

Segundo o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, o objetivo é garantir o escoamento da safra a um melhor preço ao produtor. Hoje, o preço de mercado do produto praticado no Rio Grande do Sul está em R$ 20 reais por saca de 50 quilos, e o preço mínimo fixado pelo governo é de R$ 25,80.

Já o presidente da Federação dos Arrozeiros do Estado (Federarroz) garante que essas medidas ainda não resolvem. Renato Rocha salienta que o problema mais emergencial é a questão do credenciamento de armazéns junto à Conab, para que o produtor tenha acesso aos recursos.

– Não nos dá o que precisamos até agora, o que é emergencial, que é o problema do credenciamento dos armazéns. Nós iremos continuar batendo na mesma tecla, pedindo que o governo libere, junto com estas medidas anunciadas, outras que atinjam em cheio esta crise – avalia.

O governo vai destinar R$ 300 milhões aos leilões de opção pública e R$ 60 milhões para os de opção privada. Portaria interministerial autorizando esses leilões deve sair nos próximos dias.

Arrozeiros criticam medidas anunciadas para ajudar no escoamento da produção e melhorar preço
Segundo Federarroz, medida não soluciona problemas emergenciais dos produtores

As medidas de apoio aos produtores de arroz, anunciadas nessa segunda, dia 28, pelo governo do Rio Grande do Sul não repercutiram bem entre os produtores. Por meio de leilões públicos e privados, o Ministério da Agricultura espera ajudar no escoamento da produção e melhorar o preço pago produtor.

Atualmente, o arroz é comercializado a R$ 20 por saca de 50 quilos. Com valor mínimo fixado pelo governo de R$ 25,80, e leilões que devem vender o grão a R$ 29 por saca, o preço deve subir.

O problema, apontado pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha, é que a medida não soluciona problemas emergenciais dos produtores.

– Não foi abordada nessa medida a questão da armazenagem do arroz vendido em leilão público. O governo precisa credenciar armazéns para o produto que for leiloado – diz Rocha.

Para tentar garantir que o credenciamento de armazéns, além de outras solicitações dos produtores, os produtores devem reforçar nessa terça, dia 29, a necessidade de medidas mais profundas para garantir o preço do arroz.

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Fonte: Rádio Gaúcha + Zero Hora

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