Produtores de arroz querem suspensão da entrada de grãos do Mercosul

Publicado em 17/05/2011 15:32
Categoria protesta por falta de competitividade do produto
Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul e Santa Catarina farão um protesto nesta terça, dia 17, em Uruguaiana (RS), pedindo medidas para a categoria. Será realizada uma audiência pública, promovida pela Câmara de Vereadores local e pela Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, para discutir os problemas do setor.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Tapes (RS) e integrante do Movimento Te Mexe Arrozeiro, Juarez Petry, o protesto será realizado na aduana de Uruguaiana (RS), seguido de uma assembleia geral da categoria. O motivo do protesto é a falta de competitividade do produto da região com relação ao grão que ingressa no país pelo Mercosul.

– Queremos a suspensão da entrada de arroz do Mercosul por seis meses, para a rediscussão do tratado do Mercosul que nos impõe custos mais altos, além da suspensão do pagamento dos financiamentos pelo mesmo período, para que os produtores possam se reorganizar financeiramente – afirmou.

Medidas

Nesta segunda, dia 16, o governo federal anunciou que os mecanismos de comercialização divulgados em março deverão sair do papel até o final da semana, mas as medidas não satisfazem todos os pedidos dos produtores. Foi prometida a autorização de R$ 360 milhões nos contratos de opção público e privado, o que estimularia a elevar o preço do grão, deprimido pela concorrência estrangeira e pelos estoques.

Dentre as medidas anunciadas pelo governo federal ao secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Luiz Fernando Mainardi, ainda não divulgadas até agora, estão uma nova oferta de Prêmio de Escoamento da Produção na ordem de 1 milhão de toneladas e a formação de um mutirão de técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para acelerar o credenciamento de armazéns no Rio Grande do Sul e, com isso, possibilitar a conclusão do processo de Aquisição do Governo Federal (AGF), um dos principais mecanismos de comercialização.

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Fonte: Zero Hora

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