Argentina já semeou 38% da sua área de trigo em meio a disputas

Publicado em 21/06/2011 08:42
Reportagem da Infocampo informa que continuam demoradas as tarefas de plantio no Centro-Este de Entre Rios e a noroeste de Santa Fé (algo que poderia gerar complicações para atingir as expectativas de ambas as províncias). Até esta data foram plantados 38% da superfície projetada em 4,95 milhões e hectares a nível nacional. Em números absolutos se semearam cerca de 1,9 milhões e hectares, contra 1,50 milhões em 2010, segundo indicações da Bolsa de cereais de Buenos Aires.

Na região do NOA (Salta,Tucumán,Jujuy,Catamarca,Oeste  de Santiago del Estero) já foram plantados 100% dos 450 mil hectares projetados para esta temporada, enquanto que no NEA (Chaco, Este de Santiago del Estero e Formosa) foram plantados apenas 60% do previsto, porque continuam demorados os trabalhos de cobertura do cereal devido às contínuas chuvas registradas durante os últimos dias, somado ao clima desfavorável. Condições similares ocorrem no Centro-Este de Entre Rios e Noroeste de Santa Fé, como dissemos acima. No extremo sudoeste da província de Buenos Aires, que compreende Carmen de Patagones, Stroeder e Villalonga, entre outros, já foi plantada mais da metade da superfície projetada, restando completar ainda aquelas áreas continentais onde a umidade está escassa na superfície e não permite fazer uma boa implantação. Chuvas recentes ocorridas sobre o sudeste desta província melhoraram as condições de semeadura, permitindo que seja recomeçado o forte do plantio nos próximos dias. Em direção ao Centro-Norte de Córdoba o avanço do plantio se aproxima dos 80% da área estimada, restando implantar os materiais de ciclo intermediários ou curtos, Já ao sul de Córdoba, RioCuarto, Vicuñha Maquena e Laboulaye, onde se encontram limitações e umidade na superfície continua com os trabalhos de cobertura naqueles lotes que acumularam água necessária para uma boa implantação do cereal.

Um dos grandes problemas do plantio desta safra 2011/12 é a falta de segurança que o triticultor argentino sente em relação às regras estabelecidas pelo governo, quanto às exportações de um lado, para onde vai cerca de 50% do trigo plantado no país e que, portanto, atingem em cheio os triticultores e quanto aos moinhos, responsáveis pelos restantes 50%. O governo está em pé de guerra com exportadores e moinhos e isto não é bom para ninguém.

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Fonte: Trigo & Farinhas

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