Argentina já semeou 38% da sua área de trigo em meio a disputas
Na região do NOA (Salta,Tucumán,Jujuy,Catamarca,Oeste de Santiago del Estero) já foram plantados 100% dos 450 mil hectares projetados para esta temporada, enquanto que no NEA (Chaco, Este de Santiago del Estero e Formosa) foram plantados apenas 60% do previsto, porque continuam demorados os trabalhos de cobertura do cereal devido às contínuas chuvas registradas durante os últimos dias, somado ao clima desfavorável. Condições similares ocorrem no Centro-Este de Entre Rios e Noroeste de Santa Fé, como dissemos acima. No extremo sudoeste da província de Buenos Aires, que compreende Carmen de Patagones, Stroeder e Villalonga, entre outros, já foi plantada mais da metade da superfície projetada, restando completar ainda aquelas áreas continentais onde a umidade está escassa na superfície e não permite fazer uma boa implantação. Chuvas recentes ocorridas sobre o sudeste desta província melhoraram as condições de semeadura, permitindo que seja recomeçado o forte do plantio nos próximos dias. Em direção ao Centro-Norte de Córdoba o avanço do plantio se aproxima dos 80% da área estimada, restando implantar os materiais de ciclo intermediários ou curtos, Já ao sul de Córdoba, RioCuarto, Vicuñha Maquena e Laboulaye, onde se encontram limitações e umidade na superfície continua com os trabalhos de cobertura naqueles lotes que acumularam água necessária para uma boa implantação do cereal.
Um dos grandes problemas do plantio desta safra 2011/12 é a falta de segurança que o triticultor argentino sente em relação às regras estabelecidas pelo governo, quanto às exportações de um lado, para onde vai cerca de 50% do trigo plantado no país e que, portanto, atingem em cheio os triticultores e quanto aos moinhos, responsáveis pelos restantes 50%. O governo está em pé de guerra com exportadores e moinhos e isto não é bom para ninguém.