Arrozeiros farão acompanhamento dos mecanismos de comercialização do governo

Publicado em 05/07/2011 09:02
O presidente da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Henrique Dornelles, participou durante as duas últimas semanas de diversas agendas nas capitais gaúcha e federal em busca de resolução para os problemas de comercialização do arroz. Ao lado da diretoria da Federarroz e dirigentes de outras entidades do setor, as extensas atividades iniciadas em Porto Alegre no dia 20, culminando com um encontro com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, no último dia 29, causaram a expectativa de ‘uma luz no fim do túnel’. Mas antes de tudo, cautela.

- Se tudo o que foi prometido e o que já foi apresentado funcionarem, serão quase três milhões de toneladas de arroz a menos no mercado. Ou seja, todo o excedente.

Dentre as iniciativas propostas estão o impulso para a troca de arroz para ajudas humanitárias, reforço nos contratos de opção pública, subvenção direta ao produtor para arroz de baixa qualidade utilizada na ração de animais, PEP exportação com o compromisso de estudo de viabilidade para o escoamento da fronteira oeste, PEPRO para auxílio à exportação de grandes produtores com indústria própria e o esforço da CONAB para avançar no credenciamento de armazéns.

Apesar de não haver a subvenção direta, evitado pelo governo para não abrir precedentes, é provável que essas medidas tenham resultados práticos. Há também a expectativa de reforma tributária no segundo semestre, alavancando um pouco mais a competitividade com a solução da guerra fiscal.

Mas o maior avanço, segundo Dornelles, é o comprometimento da administração conjunta desses mecanismos entre os setores envolvidos e o Poder Público. Dois grupos de trabalho foram criados: um que operacionalizará a análise de mercado e encaminhará os possíveis ajustes nos mecanismos e outro estrutural para avaliar custos, logística, impostos, etc. O primeiro terá como coordenador o presidente da Federarroz, Renato Rocha, e o segundo o diretor da setorial de arroz da Farsul, Francisco Schardong. Participante dos dois grupos, Dornelles vê as propostas do governo com bons olhos.

- Isso tudo será testado e modificado, se necessário. Voltamos com a certeza de que o governo está ciente da gravidade da situação e aprofundará as ações que forem necessárias.  Esta mudança de postura será decisiva para a continuidade da tendência de alta que estamos vendo no momento.

Dornelles destacou ainda a atuação do presidente da Federarroz, Renato Rocha e a importante participação dos deputados Luis Carlos Heinze (PP-RS), Jerônimo Göergen (PP-RS), Alceu Moreira (PMDB-RS), Afonso Hamm (PP-RS), Onix Lorenzoni (DEM-RS), da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS).

Tags:

Fonte: Ass. dos Arrozeiros de Alegrete

NOTÍCIAS RELACIONADAS

ANA e INPE lançam publicação que atualiza dados sobre irrigação de arroz no Brasil
Abiarroz intensifica ações para abertura do mercado chinês ao arroz brasileiro
Federarroz monitora situação das chuvas em lavouras arrozeiras gaúchas
CNA debate área plantada de soja e milho no Brasil
Ibrafe: Preços já estão 40% abaixo do praticado no ano passado.