Arrozeiros tentam negociar dívidas
A ideia é solicitar a utilização de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) Giro Rural para pagamento de fornecedores, além da revisão de cadastros para retomada de crédito rural pelo Banco do Brasil. Para facilitar a renegociação de dívidas, ainda está em análise uma ação na Justiça para que os produtores também possam ser amparados pela Lei de Recuperação Judicial. Para honrar as dívidas com a indústria, o orizicultor Laudir Rech Júnior, que cultiva 860 hectares arrendados em São Borja, chegou a vender sacas do grão por R$ 17,00. Apesar de estimar um prejuízo de R$ 1 milhão, ele não pretende desistir da atividade. Mas prevê redução de área em torno de 20%. A dificuldade de acessar o crédito bancário, onde há juro mais baixo, ocorre devido a consecutivas quebras de produção, que comprometeram a capacidade de pagamento. "Todo mundo gostaria de ter lucro, rentabilidade. Mas eu tenho paixão por produzir alimentos."