Importações prejudicam preço do feijão pago ao produtor do Sul do país

Publicado em 25/07/2011 09:17
Agricultores do Rio Grande do Sul recebem cerca de R$ 60 pela saca de 60 quilos. Valor está estagnado há mais de dois meses.
O preço do feijão pago ao produtor do Rio Grande do Sul está estagnado há mais de dois meses. Enquanto o mínimo estipulado pelo governo federal é de R$ 80 pela saca de 60 quilos, os agricultores recebem cerca de R$ 60 pelo produto.

Segundo o presidente da Associação dos Produtores do Feijão do Estado, Tarcísio Ceretta, os prejuízos no setor só não tem sido maior porque os agricultores mantêm outras atividades na propriedade. Ele avalia a situação como grave.

– Por sermos de pequenas propriedades, tínhamos que ter mais agregação de valor e isto não está acontecendo. O produtor de feijão está desamparado e desanimado – lamenta.

Um dos principais problemas apontados pelo setor é a importação. Conforme o analista de Safras e Mercado, Renan Gomes, o produto vem da China e da Argentina.

– A Argentina e a China estão mandando bastante mercadoria para o Brasil e isso fez com que o preço se estabilizasse. O que sobrou da safra está sendo comercializado, mas com preço estável há mais de dois meses – informa.

Para o analista de produto do Ministério da Agricultura, Petrarcas Santos, o preço depende da qualidade do produto e do tempo de colheita. Ele considera a baixa de preços para esta época do ano como normal.

– Isso é um fato normal. O Rio Grande do Sul vai ter uma nova safra agora para o próximo mês de dezembro, e aí os preços voltariam a serem praticados conforme a qualidade do produto – avalia.

Os produtores devem pedir ajuda ao governo do Estado para buscar junto ao governo federal soluções para o problema de preços do grão. Uma das medidas já tomadas, assim como no arroz, é uma campanha de aumento do consumo.

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Fonte: Zero Hora

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